Os dias de Agenor no Paraná Clube estão contados. Seu contrato termina no próximo domingo e já não há mais diálogo com o Brasiliense. “Recebemos a informação de que eles não têm interesse em renovar o empréstimo”, admitiu o diretor de futebol Paulo Welter.
Agora é saber se ele estará em campo no próximo sábado, quando o Tricolor recebe o Vasco da Gama, às 16h10, no Estádio Durival Britto. A questão analisada por diretoria, comissão técnica e atleta.
“Não recebemos uma posição oficial do Brasiliense. Mas, como até agora eles não fizeram preço pelo jogador, entendemos que podem já ter alguma transação engatilhada”, ponderou Welter.
Há mais de um mês o clube vem tentando equacionar essa situação. Um grupo empresarial até acenou com a possibilidade de investir na compra dos direitos do atleta, mas recuou. Nas últimas semanas, o Paraná tentou a renovação do empréstimo, mas sem sucesso.
Na prática, a mudança no regulamento geral da CBF prejudicou o Paraná Clube. Inicialmente, jogadores não poderiam trocar de clube numa mesma divisão, o que restringiria as opções do Brasiliense.
Agora, com os atletas podendo jogar até seis partidas e se transferirem para outra agremiação, Agenor pode jogar a sequência da Série B pelo próprio Brasiliense, clube com o qual tem contrato até dezembro do ano que vem.
No entanto, sabe-se que outros dois clubes – também da Segundona – já assediaram o volante. Figueirense-SC e Atlético-GO estariam dispostos a pagar um bom valor pelo empréstimo.
“Gostaríamos de contar com o Agenor, mas está realmente difícil”, disse Welter. A diretoria, que recentemente trouxe Adoniran para a posição, não confirma se a quase certa saída do titular abriria espaço para a contratação de mais um jogador para este setor. “Vamos ter que avaliar este quadro, pois até então contávamos com o Agenor”, explicou o dirigente.
Contratado no ano passado, para a disputa da Série B, Agenor teve uma transferência marcada por turbulências. Uma disputa judicial – entre atleta e Brasiliense – só foi contornada quando o Paraná acertou o empréstimo do jogador.
Agenor precisou de pouco tempo para ganhar espaço como titular da cabeça-de-área e se tornou referência do sistema de marcação desde então. Apesar do constante entra e sai de jogadores, foi o único que “sobreviveu” às reformulações. No sábado, o jogo contra o Vasco terá para Agenor (desde que seja escalado), um tom de despedida.
