Não há mais como voltar atrás. O CT do Caju já entrou como garantia para que o Atlético consiga tomar o empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através da Agência de Fomento do Paraná. Sem empenhar o imóvel, o clube não teria como capitalizar a reforma da Arena da Baixada, mesmo utilizando os recursos provenientes do potencial construtivo. “A lei estadual já nos autoriza a ter o potencial construtivo como uma das garantias, mas não é a única. Terá uma complementação com o CT do Atlético”, revelou o presidente da Agência de Fomento, Juraci Barbosa.

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O administrador acredita que o centro de treinamento e o potencial construtivo serão suficientes para cobrir as demandas financeiras da CAP S/A, empresa criada pelo clube para gerir as obras no estádio. “Vai depender da avaliação dos nossos técnicos, que não fizeram uma avaliação formal ainda. Mas pelo valor, é garantia suficiente”, acrescentou Barbosa.

Porém, o CT do Caju pode não ser a única garantia dada. Como o clube ainda não apresentou o orçamento real da obra à Agência de Fomento, o pedido inicial de R$ 123 milhões, que está em fase de pré-consulta no BNDES, pode sofrer alterações. Isso implicaria em mais garantias. O valor real do empréstimo só será definido na assinatura do contra entre a CAP S/A, a Agência de Fomento e o BNDES. “Em princípio, são R$ 123 milhões. Mas há a possibilidade de fazer correção, levando em conta o prazo que foi apresentado o processo no ano passado. Foi apresentado um pré-estudo e o pedido efetivo é feito quando formalizar e vir com o projeto junto, na assinatura do contrato”, explicou Juraci Barbosa.

Quanto a prazos, a Agência de Fomento afirma que ainda é difícil precisar a data para a assinatura do contrato e liberação da primeira parcela do empréstimo. Segundo Barbosa, não é questão de problema de aprovação do financiamento, mas sim uma morosidade comum para empréstimos de alto valor, que exigem cautela para garantias. Porém, a demora do Atlético em definir a estratégia para a readequação da Baixada tem pesado na lentidão do processo. “Não está na velocidade que precisava ter, mas está na segurança que uma instituição financeira deve ter. O Atlético demorou muito para fazer sua assembleia geral”, disse Juraci Barbosa.

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A assembleia a que se refere o administrador acontece na próxima quarta-feira, quando os conselheiros do clube vão oficializar ou não a cessão do CT do Caju como garantia no empréstimo, além de permitir que a Arena da Baixada fique como um reserva técnica para o caso de o valor do empréstimo precisar ser dilatado.