Se depender do presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol, a confusão ocorrida no clássico entre Palmeiras e Corinthians, pelo Campeonato Paulista, nunca se repetirá no Paraná. Afonso Vítor de Oliveira é contrário à introdução do ponto eletrônico, que facilita a comunicação entre árbitros e assistentes durante as partidas.

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No jogo disputado domingo no Morumbi, o árbitro Cléber Wellington Abade anulou um gol do corintiano Tevez após ser consultado pela assistente Ana Paula de Oliveira. Abade diz que ouviu o outro auxiliar Evandro Silveira avisando pelo ponto que Tevez cometeu falta num jogador palmeirense, mas as imagens da televisão mostraram o juiz conversando apenas com Ana Paula.

Para Afonso, a confusão paulista foi uma prova de que a medida não funciona. ?A Ana Paula só avisou o árbitro depois que foi cercada pelo Leão (técnico do Palmeiras). Se o outro assistente viu irregularidade no lance, teria que levantar a bandeira e assim todos saberiam o que ocorria?, argumentou.

Afonso é favorável à maior participação do assistente nas partidas, conforme determinação da Fifa, mas diz que a palavra final deve ser sempre do árbitro. Por isso o presidente da comissão condenou a posição do árbitro Edivaldo Elias da Silva e do assistente Gílson Bento Coutinho no jogo entre Paraná x Adap, pela primeira fase do Estadual. Depois de mostrar cartão amarelo ao meia Maicosuel por supostamente cavar um pênalti, Edivaldo atendeu ao aceno de Coutinho e voltou atrás, marcando a penalidade e retirando o cartão do paranista. ?A intervenção do Gílson foi indevida, pois ele estava a 40 metros do lance. O Edivaldo, que estava a três, errou mais ainda por não manter sua posição?, disse Afonso. Coincidência ou não, tanto Gílson Coutinho quanto Edivaldo da Silva não vêm sendo incluídos nas escalas das fases decisivas do Estadual.

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