Advogados do Palmeiras viajaram ao Paraguai nesta sexta-feira pela manhã para entregar ao Tribunal de Disciplina da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) imagens e fotos da briga da última quarta-feira, ao fim da vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol, pela Copa Libertadores. O clube enviou representantes à sede da entidade para se antecipar ao trabalho de análise da briga. O processo vai começar em breve.

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A diretoria palmeirense ainda não recebeu a notificação de que o caso será aberto, porém quis ir à sede da Conmebol para evitar problemas de punição. Os advogados do clube levaram um material da confusão para tentar comprovar à entidade que a culpa é dos uruguaios. Os representantes estão munidos com fotos e uma filmagem feita em câmera aberta, do topo do estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu.

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Esse ângulo mostra o momento do apito final, quando o volante Felipe Melo ergueu os braços para comemorar a vitória de virada e foi cercado pelos uruguaios. Na sequência teve início a confusão. O Palmeiras divulgou trechos desse vídeo nas redes sociais e levantou também um material fotográfico para mostrar aos representantes da Conmebol.

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A estratégia do Palmeiras é mostrar que a culpa pela confusão foi dos uruguaios e convencer o Tribunal de que toda a ação do clube paulista foi em legítima defesa. Os dirigentes estão preocupados com a interpretação e aplicação do estatuto disciplinar da entidade para punir os envolvidos. O texto do regulamento é muito amplo para sancionar os clubes por brigas em campo, com a penalização desde multa, advertência e redução de pontos até perdas de mando de jogos.

A briga em campo teve como um dos momentos de maior apreensão para o Palmeiras o soco de Felipe Melo em Mier, do Peñarol. A diretoria teme perder o volante suspenso por algumas partidas, pois o estatuto disciplinar prevê o afastamento de no mínimo três partidas para casos de agressão. A pena máxima seria estipulada pelos auditores do tribunal após a apresentação das defesas dos envolvidos.

O Palmeiras vai reforçar na conversa com a Conmebol que o portão de acesso ao vestiário estava trancado e dificultou a fuga dos jogadores ao vestiário depois do apito final. No entender da equipe, o fechamento foi premeditado para causar a briga. A delegação levou ao Uruguai 19 seguranças, cerca do triplo do normal, pois previa o conflito. Também houve tumulto nas arquibancadas, com briga entre palmeirenses e uruguaios.