Na guerra entre Atlético e São Paulo pelo atacante Aloísio, o clube paulista levou a melhor com a ajuda do escritório de Giovani Gionédis, presidente do Coritiba. O clube paulista vai poder contar com o jogador na primeira partida da Libertadores. Um despacho da Justiça do Trabalho autoriza o atleta a retornar aos treinos pelo clube paulista enquanto a pendenga não é resolvida.
A multa de R$ 72,2 mil está suspensa e o ex-sumido reapareceu no CT da Barra Funda. Os advogados do rubro-negro vão estudar a melhor atitude a ser tomada.
?A fim de evitar prejuízos e não criar obstáculo intransponível para a participação do atleta no torneio internacional, excluo da incidência das multas?, diz o despacho assinado pela juíza Simone Galan de Figueiredo. No documento, ela ainda intima as partes envolvidas (jogador e clubes) e oficia a CBF para que inscreva o atleta na Libertadores. A Tribuna tentou um contato com a magistrada, mas ela prefere falar apenas pessoalmente. ?Por telefone pode haver algum mal entendido?, explica a juíza através da diretora da secretaria da 1.ª Vara, Ana Márcia Nogueira.
Com o despacho em mãos, o São Paulo conseguiu registrar o jogador na CBF. No Boletim Informativo Diário (BID) de ontem, a entidade rescindiu o contrato de Aloísio com o Atlético ?por ordem judicial? e registrou o atacante pelo São Paulo até 14/02/2009. A reunião conciliatória programada para o dia 3, em Curitiba, está mantida e Aloísio não pode faltar. Nesse caso, a Justiça consideraria ato de má-fé. O jogador está sendo defendido por Fernando Barrionuevo, do escritório do presidente do arquirrival.
Mesmo não concedendo entrevistas, o presidente do conselho deliberativo, Mário Celso Petraglia, manteve o discurso de que o clube está com toda a documentação correta e mantém a luta pelos direitos sobre o jogador.
A interlocutores, disse que está aberto a negociações, mas não vai amolecer para o clube paulista. O clube estranhou a liberação de um jogador por uma semana, quando o prazo mínimo de contrato é de três meses, por lei. Foi ele quem emprestou gratuitamente o jogador para o São Paulo, cujos cartolas prejudicaram o Atlético duas vezes na final da Libertadores. Além de conseguirem arbitragem estrangeira para a decisão, não permitiram o uso da Kyocera Arena nos jogos finais.
Sem liminar impedindo-o de atuar pelo Tricolor paulista, Aloísio reapareceu no CT da Barra Funda. Enquanto um oficial de justiça o aguardava para entregar a primeira liminar, ele havia sumido, não atendia o telefone e não dava sinal de vida. Ontem, voltou lépido e faceiro.
Jost Vieth vira um fantasma
O auxiliar-técnico, Jost Vieth, virou uma espécie de ?zumbi? no CT do Caju. Descartado por Lothar Matthäus dos trabalhos de campo e da tradução, o profissional vive uma situação inusitada. Vaga pelo clube sem função definida e garante que não foi demitido. A diretoria do clube também não confirma a informação prestada por gente de dentro e várias histórias surgiram para explicar a ?volta dos que não foram?.
?Eu não sei de nada e estou aqui inteiramente à disposição do Atlético e também empenhado no meu trabalho da melhor maneira possível?, rechaçou Vieth. No entanto, ontem ele não colocou o uniforme, continuou à paisana apenas observando os trabalhos, meio isolado. ?Eu fui avisado pelo Lothar para ficar à disposição dele e estou aqui?, disse.
Mesmo assim, ele não entrou no gramado para ajudar os trabalhos e quem está fazendo a tradução de Matthäus é o tradutor profissional Klaus Junginger.
Enquanto isso, os trabalhos rolaram no CT do Caju, mas o alemão não deu o menor sinal do time que enfrenta o Iraty, amanhã. Para esta partida, ele poderá contar com o retorno do zagueiro Danilo, do volante Alan Bahia e do lateral Jancarlos.
Reforços
O meia Válber e o lateral-direito Carlos Alberto estão sendo esperados hoje no CT do Caju. Além deles, o clube negocia a contratação do atacante Pena, dispensado pelo Botafogo e com passagens pelo Palmeiras e futebol português.
