Foto: Walter Alves |
Neguete deve continuar na zaga, pois a tendência é Pintado manter o 3-5-2. continua após a publicidade |
Os ?deslizes? da arbitragem no último fim de semana já são, para jogadores e comissão técnica, página virada.
O pensamento do grupo está voltado para o Náutico, adversário do próximo sábado, em Recife. Pintado observou o time pernambucano na telinha, enquanto o auxiliar-técnico Marcelo Martelotte foi a Porto Alegre, onde pôde analisar mais detalhadamente o Náutico, em ação frente ao Internacional.
?Eles têm um time de boa estatura e muito forte nas jogadas aéreas?, comentou Marcelo. ?Em especial com o Acosta e os zagueiros.? A partir disso, o Paraná deve mais uma vez atuar no 3-5-2, tentando repetir o equilíbrio defensivo da última jornada. ?Oscilamos demais frente ao Cruzeiro, mas contra o São Paulo a defesa foi muito bem?, disse Daniel Marques. Um rendimento que pode valer a Neguete a permanência entre os titulares, herdando a posição de Toninho.
Pintado espera um jogo onde a força sobressairá à técnica. ?O gramado é ruim e com dimensões pequenas. É jogo para entrar muito ligado, com vontade?, avisou. Com essa diretriz, o Paraná deverá lançar mão de uma forte marcação, em especial aos meias Marcel e Acosta, tentando fazer dos contragolpes a chave de acesso para a reabilitação no Brasileiro. Se o revés diante do São Paulo custou ao Tricolor a liderança da competição, o time paranaense continua sendo o único com 100% de aproveitamento fora de casa.
?Mas, podemos e temos que melhorar. Se temos velocidade, precisamos de maior precisão nas finalizações?, destacou Pintado. Além de lembrar das dificuldades que o time encontrou em Caxias do Sul e em Belo Horizonte, contra Juventude e Cruzeiro, respectivamente, o treinador admite que na última jornada a equipe novamente perdeu chances claras até para ?matar? o jogo. ?O campeonato é muito equilibrado. Criou a chance, tem que marcar?, frisou.
Pintado não deu dicas sobre a possibilidade de mudanças. Mas, opções não faltam para o setor ofensivo, com o visível crescimento técnico de atletas como Vandinho e Éverton. Os meias já estiveram cotados para iniciar o jogo passado, mas só entraram na reta final da partida. ?O grupo é forte. Não é por uma derrota que mudaria minha avaliação. Mas, é claro, sempre há pontos que podem ser melhorados e é isso que vamos trabalhar?, finalizou Pintado.
Tricolor tentará impugnar jogo contra o São Paulo
A diretoria do Paraná Clube decidiu não ficar apenas na reclamação. Um dossiê sobre os erros de Gaciba e cia., no jogo frente ao São Paulo, está sendo encaminhado à Comissão de Arbitragem da CBF. Mas, além disso, o clube acionou seu departamento jurídico e tentará – mesmo sabendo ser uma luta de resultado previsível – a impugnação da partida no STJD. ?É o único caminho legal possível?, admitiu o vice-jurídico do Tricolor, Luís Carlos de Castro.
O objetivo seria conseguir tornar válido, nos tribunais, o gol marcado por Luís Henrique e anulado pela arbitragem, que erroneamente marcou impedimento do jogador. ?Uma queixa só traz prejuízo à arbitragem. Queremos mais que isso.
O objetivo é diminuir o prejuízo que tivemos pelo visível erro do assistente?, explicou Castro. ?O bandeirinha marcou o impedimento quando a bola ainda estava viajando, sendo que deveria esperar até o momento da definição da jogada?, justificou o advogado paranista.
O clube será representado no Rio de Janeiro por Domingos Moro, que no ano passado passou por situação semelhante. O Paraná também tentou, sem sucesso, mudar o resultado de um jogo. Frente ao Fluminense, o árbitro Édson Esperidião confirmou um gol ilegal do time carioca, marcado por Lenny, num duplo impedimento. ?Sabemos que não há jurisprudência, mas, uma hora, esses ?equívocos? têm que parar?, confirmou Luís Carlos de Castro.