Profissionalizado há cerca de três anos, é a primeira vez que o Cerâmica-RS, de Gravataí, disputa uma partida de campeonato contra um clube que não seja gaúcho.
A única vez que a equipe jogou contra um time de outro estado foi no final de 2008, contra a Chapecoense-SC, o que anima a diretoria do Ligeirinho Sulista. “O Paraná é um time grande, que até pouco tempo estava na elite do Brasileiro. Por isso, digo com toda tranquilidade: Além de anfitriões, somos fãs”, disse o diretor de futebol do time gaúcho, Paulo César Magalhães.
O grande desfalque da equipe está na sua torcida. O Estádio Vieirão não foi liberado pela CBF para a competição. Por isso, a equipe terá que “migrar” até o estádio do São José, 20 quilômetros distantes da sede do Cerâmica, na zona norte da capital gaúcha.
“Ainda assim, contamos com o pessoal da redondeza, público cativo do estádio independente de quem jogar”, explicou o diretor de futebol, que como jogador foi campeão mundial pelo Grêmio.
Dentro de campo, a equipe do treinador Leocir Dall’Astra deve mostrar um estilo de jogo peculiar de um time da Segundona do Campeonato Gaúcho: “Time operário, brigador, que não descansa nunca e marca bastante”, resumiu Paulo César, sobre o time que faz justiça ao nome e a sua forma de jogar, pois foi criado por funcionários de uma fábrica de cerâmica.
Tradições gaúchas
Por ter seu estádio, o Vieirão, localizado na região central de Gravataí, o Cerâmica é um dos poucos clubes do Rio Grande do Sul que não contam com as peculiares churrasqueiras nos arredores do estádio. “Ter esse ambiente é algo muito usado para aproximar as famílias dos clubes”, contou o diretor de futebol do Ligeirinho Sulista.
No entanto, a diretoria pretende solucionar a questão. “Devemos construir um espaço destinado ao nosso torcedor em nosso centro de treinamento. Assim o pessoal poderá fazer o tradicional churrasco. Afinal, somos um time que representa uma cidade com 360 mil habitantes. Temos que pensar em todos eles”, resume.