Os paranaenses Adriano e Nilmar vão para o Haiti com a seleção brasilera. |
Rio – O lateral-esquerdo Adriano, do Coritiba, foi convocado ontem pelo técnico Carlos Alberto Parreira para defender a seleção brasileira no amistoso contra o Haiti, no dia 18. Além de Adriano, Parreira chamou também Pedrinho e Magrão, do Palmeiras, o goleiro Fernando Henrique e o meia Roger, do Fluminense e o atacante paranaense Nilmar, do Internacional, revelado pelo Matsubara. Tudo isto porque os clubes europeus estão ganhando a queda-de-braço com a CBF e não devem ceder vários jogadores para o amistoso com o Haiti, quarta-feira, em Porto Príncipe.
O treinador não cortou nenhum dos demais 19 relacionados. Parreira esteve na sede da CBF por várias horas e recebia do supervisor Americo Faria, aos poucos, informações de que vários clubes da Europa estariam firmemente dispostos a não liberar atletas para o amistoso com o Haiti.
O primeiro da lista é o Bayer Leverkusen, que já se manifestou contrário à viagem de Juan e Roque Júnior até Porto Príncipe. Ontem, o Arsenal também foi mais enfático ao comunicar que não quer a participação de Edu e Gilberto Silva no amistoso. O Milan seria outro clube em rota de colisão com a CBF assim como a Internazionale de Milão.
Essa reação dos clubes esbarra em ordem do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, à comissão técnica da seleção, para que nenhum atleta previamente convocado seja liberado do jogo. O dirigente se baseia no apoio formal do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e da Organização das Nações Unidas (ONU) para a realização do amistoso com o Haiti, cuja finalidade é o de promover o processo de pacificação do país.
Os clubes, porém, argumentam que a própria Fifa só autoriza a liberação de seus atletas para amistosos de seleções nacionais se os jogos forem disputados na Europa.
Com a aprovação de Parreira
Esta foi a quinta convocação de Adriano – a segunda para a seleção principal. O lateral, apesar de ter sido um dos três únicos jogadores a não participar de nenhuma partida da seleção na conquista da Copa América (os outros foram Fábio e Bordon), seu trabalho foi aprovado pela comissão técnica, principalmente por Carlos Alberto Parreira, admirador confesso do lateral coxa desde 2002, quando o jogador surgiu no time profissional.
Aos 20 anos, Adriano vive ao mesmo tempo seu grande momento nacional e o questionamento da torcida – ele foi muito cobrado no jogo de quinta contra o Criciúma. Por não ter rendido bem nas últimas partidas, o técnico Antônio Lopes chegou a sacá-lo do time titular durante a semana, escalando Ricardo na lateral-esquerdo. A delegação brasileira segue na noite de domingo para a República Dominicana, onde fica concentrada até o jogo de quarta.