Se alguém ainda tinha dúvida da renovação de contrato do meia Adriano com o Atlético, agora não precisa ter mais. A não ser que clube e jogador estejam mentindo, Gabiru confirmou ontem que seu novo contrato com o Rubro-Negro é mesmo de três anos, como anunciado pelos dirigentes. Além disso, o atleta também revelou que deixa de ter seus direitos federativos presos ao Olympique de Marselha e ao empresário Juan Figger para ser somente do Furacão. Como ainda não tem condição física de jogar, ele só será utilizado pelo técnico Levir Culpi a partir do jogo contra o Atlético Mineiro, dia 26 deste mês.
“Estou tranqüilo, mais três anos aí e, agora, é me recuperar, ficar bem e trabalhar forte para ficar juntos dos meus companheiros e voltar aos campos o mais rápido possível”, disse Adriano. Apesar de já ter participado normalmente dos trabalhos de ontem (musculação e um trabalho com bola em campo reduzido) com o restante do elenco, ele ainda não está totalmente em condição de jogar. “Falta um pouquinho a parte física, trabalhar mais, mas, com certeza, eu vou recuperar o mais rápido possível. O importante é que eu já tive contato com bola, não senti nada e espero voltar o mais rápido possível”, destacou.
A presença dele, integrado ao restante do elenco, também encerra o período de caça ao Gabiru. O jogador foi muito procurado pelo Coritiba e estava indeciso entre o Alto da Glória e a Baixada. Agora, ele só quer saber do Rubro-Negro. “Teve aquelas brigas aí, falando que o Adriano sai, não sai, outros falaram que eu ia para o Coxa. Falaram desde o início até o final e não tem Coxa mais. Eu estou no Atlético e vou ficar no Atlético”, ratificou.
O vínculo do jogador com o empresário Juan Figger e com o Olympique acabam com o contrato do jogador que vence dia 30 e após esse período ele se torna apenas jogador do Atlético. “Vai acabar agora, tem duas semanas para acabar, com o Olympique também já vai acabar e eu sou só do Atlético agora e quero pensar em trabalhar”, finalizou o Gabiru.
Levir Culpi mantém time com três zagueiros
O jogo contra o Flamengo foi no domingo, mas a derrota para os cariocas ainda não foi digerida por completo pelo elenco do Atlético. Para o técnico Levir Culpi, a digestão da goleada sofrida na nona rodada do Brasileirão terá que ser feita no sábado, diante do Vitória, na Arena. Para esta partida, ele ainda não definiu como vai ficar o time, mas adianta que o esquema 3-5-2 será mantido.
Na volta aos trabalhos no CT do Caju após 11 dias afastado, o assunto continuou sendo a inesperada derrota. O time não jogou bem e, para piorar, a arbitragem ainda comprometeu a situação com marcações equivocadas e irritação do elenco. Resultado: um 3 a 0 no lombo, que ninguém engoliu. “Não deu para engolir muito não. Nós estamos aí iniciando uma semana e o pensamento é que nós vamos digerir essa coisa contra o Vitória”, disparou o comandante rubro-negro.
Para ele, sábado é a oportunidade ideal para o time voltar a vencer e retomar o bom futebol que vinha apresentando.
De acordo com ele, apesar do resultado ruim, o ambiente está tranquilo e o mais importante é manter o trabalho. Segundo Levir, o clube já tem um relatório sobre o adversário para poder montar o time para sábado. “Como a semana é cheia, dá para dividir muito bem isso, fazer uma análise do que aconteceu no jogo passado e também analisar o esquema para o jogo contra o Vitória”, destacou.
Diante dos baianos, a tendência é manter o 3-5-2, mesmo com a ausência de Fabiano, que cumprirá suspensão automática. No entanto, a tendência é de Marinho entrar no lugar de Fabiano e Ilan no lugar de Washington, com o restante da equipe sendo a mesma que atuou contra o Flamengo.
Clube pode ir à Fifa por causa de Kléber
O atacante Kléber saiu do Atlético há mais de um ano, mas ainda rende no noticiário do clube. Agora, a novidade é que o Rubro-Negro está acionando o Tigres, do México, para que pague parte da quantia estipulada para a transferência do jogador para Monterrey. Os dirigentes do Furacão podem até ir à Fifa para exigir seus direitos, mas querem esgotar a possibilidade de um acordo antes disso.
“Nós estamos usando os meios legais para buscar nossos direitos. Nós temos um escritório tentando exaurir as vias consensuais”, revelou o presidente João Augusto Fleury da Rocha. De acordo com ele, a parcela que o Tigres está devendo venceu em dezembro e isso precipitou a cobrança das outras parcelas. “Eles alegam que o jogador não teve o desempenho esperado e que Kléber ainda tem créditos a ver com o Atlético. Mas, quando ele se transferiu nós não garantimos que ele iria marcar tantos gols”, disse.