O técnico Adilson Batista saiu de campo sob vaias e xingamentos da torcida, na noite de sábado, após o empate por 1 a 1 com o São Bernardo, na Vila Belmiro. Os torcedores não esconderam a insatisfação com os seguidos tropeços do time às vésperas do segundo jogo na Copa Libertadores.
Ciente da pressão das arquibancadas, Adilson admitiu estar com o emprego em risco. “Eu tenho consciência de que futebol é resultado. Sei dessa importância. Vamos esperar o jogo, ver o que vai acontecer, analisar tudo. Não vamos ter pressa nessa situação”, afirmou o treinador, que defendeu as decisões tomadas nos últimos jogos. “Tenho consciência do que estou fazendo. Estou no futebol há vários anos. Trabalhei em grandes clubes, com grandes treinadores, aprendi muita coisa”.
Criticado pela torcida, o treinador disse compreender a insatisfação com o empate na Vila. “A gente lamenta, eu estou machucado, assim como eles. Também não estou satisfeito com o resultado. A gente quer fazer um bom jogo para resgatar a química com o torcedor, mas às vezes não dá. A gente espera que quarta-feira a gente consiga”, projetou.
Depois de empatar sem gols fora de casa, o Santos fará na quarta sua estreia em casa na Libertadores. E terá pela frente o Cerro Porteño, um dos adversários mais complicados do grupo. “Quarta-feira não dá para errar. O time é bom, tradicional, sabe jogar a competição. Precisamos ter força suficiente para vencer esse jogo. Precisamos da ajuda do torcedor para criar um ambiente mais favorável para a nossa equipe”, convocou o técnico.
Apesar da pressão, Adilson se mostrou otimista quanto aos próximos jogos. “Daqui a pouco a gente dá uma voadora na placa e o torcedor vem com a gente”, declarou, se referindo à atitude que teve em uma comemoração de gol quando comandava o Cruzeiro.