O técnico Adilson Batista foi apresentado ontem no CT do Caju, após comandar o primeiro treino no Atlético. O ato inicial foi evitar qualquer polêmica em relação à sua contratação.
Negou que tenha sido contatado antes de Geninho ser demitido, ao contrário do que o diretor Valmor Zimerman havia declarado na segunda-feira, na entrevista sobre a saída do então treinador.
O dirigente confirmou que Adilson tinha sido procurado antecipadamente pelo presidente Marcos Malucelli, e que a informação só chegou a ele no sábado. Contundente na resposta, Adilson Batista disse que tudo não passou de informações criadas por conta de sua presença em alguns jogos do Atlético, desde que deixou o Santos.
“Essas coisas começam a plantar porque você está vendo o jogo. Eu fui ver o jogo do Coritiba, do Paraná, mandei o Ivair [auxiliar técnico] olhar jogo do Paraná com o Botafogo. Assisti Paraná e Coritiba e daí começam a criar uns fantasminhas que não existem. Domingo de noite seu Valmor me ligou”, explicou Adilson. Zimermann, que estava no CT do Caju, ontem, não se pronunciou sobre o desmentido.
Quanto ao trabalho que terá de desenvolver no Furacão, Adilson não escondeu que sabe das dificuldades, mas que espera pôr fim à oscilação do time para tentar chegar a uma vaga na Copa Libertadores de 2012, sem descartar o Campeonato Paranaense.
Para chegar ao objetivo, ele terá de contar com dois jogadores que já estiveram em equipes que comandou, mas que não fizeram parte dos planos e hoje são titulares no Furacão.
São Madson, que atuou no Santos, e Guerrón, no Cruzeiro. Mas o treinador, que já teve uma conversa com a dupla, nega que tenha sido responsável pelas saídas do meio-campo e do atacante.
“O Madson, a própria diretoria é que tomou esta atitude antes de eu chegar. O Guerrón, eu tinha Tiago Ribeiro e Cléber, Wellington Paulista e ele entrou várias vezes. O seu Valmor ligou para mim e o Carpegiani falou comigo, e eu o indiquei ao Atlético”, frisou.
Com o projeto de ficar no clube pelo menos até o final do ano, Adilson Batista não teme uma repetição do que já aconteceu com Sérgio Soares e Geninho. “Não é legal isso. Não estou aqui questionando o resultado em si, porque o aproveitamento é bom. Mas isso parte da direção. Para o profissional, é importante a manutenção e o trabalho a longo prazo. Não cabe a mim opinar em relação às mudanças”, disse o novo comandante rubro-negro.