Muitos torcedores do Atlético têm saudade da formação da defesa do Atlético no Brasileiro do ano passado, com Neto no gol, Rhodolfo e Manoel na zaga, e Chico um pouco mais a frente para ajudar na marcação.
O quarteto foi o destaque da equipe na conquista da 5.ª colocação, mas apenas Manoel foi mantido no time. Substituto de Rhodolfo, Rafael Santos está tentando se tornar o novo xerife do setor.
Para ele, o técnico Adilson Batista trouxe novo ânimo à defesa, que sofreu com as constantes alterações por conta da rotatividade de treinadores que o Furacão teve de encarar este ano.
“O Adilson vem dando moral, principalmente para nós ali atrás, para que a gente saia com a bola tocada no chão, o que facilita os atacantes”, explicou o camisa 4, que se espelha no próprio treinador, ex-zagueiro, para encontrar a melhor fase. “Ele conversa bastante com os zagueiros, até porque foi um grande zagueiro, e eu venho acatando cada frase que ele fala”, disse Rafael Santos.
Adilson Batsita acredita que a mudança está na forma de ele escalar o time, com mais jogadores no meio-campo. “Procuro passar a maneira que gosto de trabalhar, o posicionamento, mas isso é pela capacidade deles. São bons jogadores e vêm se dedicando. Eles têm o apoio de outros [jogadores], botamos mais gente no meio para ajudá-los. Cobramos recomposição, combate melhor desde lá na frente e isso facilita o trabalho. Mas vejo isso pela qualidade deles”, frisa Adilson.
Mesmo conhecendo bem a posição, e tendo constantes conversas com os zagueiros, Adilson garante que a prioridade não é a defesa. “A ênfase maior é do meio para frente. Está difícil construir, criar. Tem que trabalhar um pouco mais”, explica o treinador.
