Hoje, às 16 h no Albino Turbay, o Atlético enfrenta o Cianorte em dia de estreia do técnico Adilson Batista, que assumiu o comando do time de maneira turbulenta em razão da demissão de Geninho.
Mas ele não quer saber de olhar para trás e, como quarto treinador do Furacão neste ano, chega com um discurso novo. Além de repetir o que seus antecessores Sérgio Soares, Leandro Niehues e Geninho já disseram -recuperar o bom futebol – Pezão quer reverter o saldo de gols.
Atrás do Coritiba cinco pontos, para Adilson não adianta apenas vencer seus compromissos e torcer por tropeço do adversário se não tirar a vantagem que o time alviverde tem no saldo de gols, segundo critério de desempate.
O primeiro é o número de vitórias com vantagem de 7 a 5 para o Coritiba, que tem 17 gols de saldo e o Furacão apenas 6. E mesmo de olho no jogo com o Bahia, pela Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, por conta dos reforços que pode ganhar até lá, Pezão não quer tirar o foco do adversário de hoje, tamanha importância que o jogo ganhou em razão da desvantagem atleticana neste Paranaense.
“Eu preciso vivenciar o Cianorte, pensar em vencer o jogo, tentar diminuir, principalmente, esse saldo de gols. Tentar vencer para que, no futuro, consiga ter esperança de vencer o Campeonato [Paranaense], encostar, vencer o segundo turno. Está dado o recado, agora é com eles, vamos tentar diminuir”, disse Adilson.
E com tão poucos dias à frente do time, o treinador ainda não quer fazer uma avaliação completa do que lhe espera. Nem mesmo falar sobre as mudanças que podem ser feitas no time.
“Claro que o dia a dia te dá muita coisa e em uma semana é difícil ficar julgando. Nós precisamos melhorar, são palavras do Geninho, que ia ter segunda semana [para trabalhar]. Tenho consciência que precisamos melhorar, não vamos iludir o torcedor. Eu estava lá em cima, na cadeira, e vi que precisa melhorar”, afirmou o treinador.
De volta ao time que o revelou como jogador, na década de 1980, Adilson não teme a pressão que pode sofrer por treinar um time paranaense, situação que já fez Cuca e Levir Culpi se negarem a trabalhar em Curitiba, por ter uma dificuldade maior quando se trata de dirigir times locais.
“Eu ainda não tive pressão, não tive jogo nenhum e não perdi jogo ainda. Estou tranquilo, sou sossegado e futebol é assim, você respeita, entende a paixão, mas está aqui e tem consciência que a vida segue, sem problema nenhum. Treinei o Paraná, quando passava gritavam nome do Saulo e isso é da bola. Sou vacinado já”, assegurou o comandante.
Deivid ganha nova chance no Rubro-Negro
O volante Deivid é uma das novidades do Atlético no jogo de hoje com o Cianorte e que marca a estreia do técnico Adilson Batista. O volante voltará a figurar entre os titulares depois de dois meses.
O último jogo foi no dia 26 de janeiro, contra o Operário, ainda no primeiro turno do Campeonato Paranaense. Com a nova oportunidade, Deivid espera se firmar
no time desta vez.
E as chances agora são grandes, com as dispensas de Alê e Claiton e Vitor que reduziram ainda mais as opções de Adilson para escalar um primeiro volante.
E para Deivid, a chegada do novo treinador traz nova ‘esperança’ para todos no elenco, mas para ele em especial que poderá mostrar seu potencial novamente.
Depois de ser uma das promessas atleticanas em 2010, Deivid foi perdendo espaço no time, até ficar sem chances reais depois que Geninho ficou à frente do elenco.
“É uma nova oportunidade, tudo novo para todo mundo. Já que eu recebi a oportunidade espero dentro de campo retribuir a confiança que ele [Adilson] está me dando”, disse o volante.
Sem mesmo completar uma semana sob novo comando, Deivid já sente algumas diferenças no trabalho. Principalmente a maneira que os treinos ,são conduzidos. Geninho era mais enérgico com os jogadores nos treinos e principalmente nos jogos.
A nova forma de comando agrada Deivid, que se sente mais confiante. “Por enquanto ele [Adilson] não dá bronca, passa confiança e cobra para tentar fazer o melhor de cada um”, explicou Deivid.