Não é só o Atlético que tem números desconfortáveis neste começo de Campeonato Brasileiro, por ainda não ter marcado gols e não ter conseguido um ponto sequer em duas rodadas.
Adilson Batista também amarga um início ruim de Brasileirão, o pior de sua história em Série A. O treinador começou sua trajetória na Primeira Divisão em 2003 no comando do Paraná e já de cara conseguiu uma vitória.
Nos anos subsequentes, em diferentes clubes, Pezão teve início semelhante, em algumas vezes até empatou, mas nunca sofreu uma derrota, mesmo nos clubes em que assumiu coma competição já em andamento.
O melhor início foi em 2008, no seu primeiro ano no Cruzeiro. Inovador àquela época, com o sistema com três volantes, Adilson conseguiu três vitórias seguidas, e depois do empate na quarta rodada, teve nova vitória. Só conheceu a derrota na sexta rodada.
O último clube a dirigir na Série A, antes de ser contratado pelo Furacão, foi o Corinthians, ano passado. Chegou com a competição já em andamento e também teve um início melhor: conquistou um empate com o Palmeiras na estreia e uma vitória na seqüência.
Marca negativa
Com sete anos disputando a Série A – apenas em 2007 o treinador não esteve presente no comando de alguma equipe -, Adilson nem tinha se dado conta que o começo do Atlético no Brasileirão estava colocando uma nova marca, ainda que negativa, na sua história na competição.
E a promessa é que haverá mudanças. Adilson pretende já contra o Palmeiras começar a mudar estes números negativos e recuperar a confiança da torcida. “Não lembrava [que era o pior começo], mas infelizmente não era o que esperávamos, tivemos dificuldades. Não merecíamos [perder para o Grêmio] pelo segundo tempo que fizemos. Mas vamos tentar reverter com trabalho, com calma, cobrando, orientando, tentando encontrar a melhor formação para tentar vencer o Palmeiras no próximo sábado”, disse Adilson.
Um dos primeiros passos é cobrar alguns erros dos jogadores. Para não expor seus comandados, Adilson evita falar nomes, mas a semana será de puxões de orelhas no Furacão, para que o time reencontre o caminho das vitórias.
“No primeiro tempo nós tivemos duas dificuldades. Isso vou corrigir internamente. Acho que [algo] não foi cumprido, esquecemos ou buscamos demais. Isso será mostrado [aos jogadores]”, reforçou Adilson.
