Adílson Batista agora vai falar menos com a mídia

O técnico Adílson Batista mudou de estratégia, pelo menos no que diz respeito ao seu relacionamento com a imprensa. Adotando a política de trabalhar mais e falar menos, o treinador só dará entrevistas em mais dois dias desta semana, que antecede um jogo decisivo para o Paraná Clube.

O próprio Adílson comunicou esta nova linha de ação, como forma de evitar novos atritos como o ocorrido em Porto Alegre, durante a coletiva após o jogo, quando discutiu com alguns repórteres e imputou à imprensa a maior parcela da “crise” que ronda o clube desde a derrota para o Juventude, há nove dias.

“Não quero polêmica. Estou pensando no próximo adversário, com a certeza de que o time está em evolução”, disse Adílson Batista. No próximo domingo, o Tricolor recebe o Atlético Mineiro necessitando dos três pontos para pôr fim à seqüência de três derrotas consecutivas e evitar o distanciamento das equipes que lideram o Brasileirão. O jogo será às 18h, no Pinheirão. Em Porto Alegre, o Paraná fez a melhor partida da “era Adílson”. Dominou o adversário e criou muitas chances de gols. “Mas, ainda há o que melhorar, Afinal, perdemos o jogo”, lembrou o técnico, evitando comentários sobre a arbitragem da partida.

Adílson Batista destacou o volume de jogo do Paraná. “Criamos muitas chances, perto daquilo que considero ideal”, disse. O técnico confessa que quando seu time consegue armar aproximadamente quinze situações de gol, em média, dorme tranqüilo. A finalização foi o principal problema, mais uma vez. Fora de casa, o Tricolor segue marcando poucos gols – em sete partidas, fez somente quatro. Em Porto Alegre, com a colaboração do zagueiro Wilson (que fez contra). “É um fundamento que precisamos melhorar”, reconhece. Além da parte técnica, há um lado emocional a ser “trabalhado”.

O time que encara o Galo começa a ser armado hoje, sem Fabinho e Marquinhos, suspensos. A comissão técnica, no entanto, poderá contar com Fernando Miguel e Renaldo – que retornam após cumprir suspensão automática. Adílson Batista não antecipou nenhuma dica sobre a possível formação para o jogo de domingo. Sem outro lateral-esquerdo, poderá simplemente improvisar um meia por aquele setor (César Romero ou Rodrigo Silva) ou até mesmo alterar o posicionamento da equipe. Neste caso, a entrada de mais um zagueiro não estaria descartada. “Tudo depende do adversário. Já vi alguns jogos do Atlético Mineiro e a partir disso vou buscar a melhor alternativa para este jogo.”

O técnico tricolor sabe que a partir deste momento -com a queda para a 12.ª colocação (a combinação de resultados não foi ruim e o Paraná só perdeu uma posição) – jogar bem não basta. “Precisamos fazer o resultado. A boa atuação em Porto Alegre nos deu mais confiança e a semana tende a ser positiva, apesar da derrota”, acredita. Independente da esquematização tática, Adílson promete que seu time continuará jogando ofensivamente. “Disso eu não abro mão.”

Derrota é coisa do árbitro

A vitória fora de casa ainda não veio – o jejum já dura nove meses – mas a atuação em Porto Alegre reabilitou o grupo paranista. Pelo menos esta foi a visão da diretoria, que imputou ao árbitro Márcio Rezende de Freitas toda a responsabilidade pela derrota do último sábado. “Não é de hoje que ele nos causa prejuízo”, disparou o superintendente de futebol Ricardo Machado Lima. O Paraná Clube está preparando a fita do jogo e acionando seu departamento jurídico para buscar a punição ao apitador mineiro, mas que atua pela federação catarinense.

“Há tempos que ele só está preocupado em passar no caixa. Deveria passar é no INSS. Suas arbitragens são desastrosas. Isso já havia ocorrido no clássico diante do Coritiba, quando ele não marcou falta no Fernando Miguel e sofremos um gol”, lembrou. Para Ricardo Machado Lima, o Estatuto do Torcedor também deveria cuidar de situações como essa. Não apenas o clube foi lesado, mas o seu torcedor também”, disse, referindo-se ao pequeno grupo de paranistas que estavam no Beira-Rio. “Eles pagaram ingresso para ver seu time ser esbulhado”.

Ricardo Machado Lima elogiou o empenho dos jogadores e acredita que as reuniões realizadas logo após a derrota para o Juventude surtiram efeito.

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