O técnico Adílson Batista encarou com naturalidade as cobranças feitas após a segunda derrota consecutiva no Brasileirão-2003. Após ouvir questionamentos da diretoria do Paraná Clube, expôs suas idéias sobre questões táticas, técnicas e de comando. Teve o cuidado de conversar longamente com os atletas ontem pela manhã e começa a trabalhar o time para o jogo de Porto Alegre, frente ao Internacional, no próximo domingo. O treinador sabe que um novo revés tornará sua situação no clube insustentável.

“Não vou deixar de acreditar nas minhas idéias, nos meus conceitos”, assegurou o treinador. “Sei também que futebol é feito de resultados e esse clima é reflexo das derrotas para Paysandu e Juventude.” Adílson Batista, quando assumiu o Tricolor e estreou goleando o Flamengo (6×2), imaginava a ascensão do time com resultados positivos frente a paraenses e gaúchos. “Infelizmente, deixamos de fazer os gols que nos dariam essa tranqüilidade. Diante do Juventude, o time não soube sair da retranca e do excesso de faltas”, ponderou.

O técnico não acredita na tese de que o elenco não esteja assimilando seu estilo de trabalho. “Acho que quem pode responder esta questão são os jogadores.” O capitão Maurílio confirmou que ninguém contestou a forma do técnico conduzir a preparação do time, com muitos treinos táticos e sem coletivos. “Conversamos sobre o nosso fraco desempenho no jogo e seria injusto procurar um bode expiatório”, afirmou Maurílio. “O Adílson é um grande cara e um profissional correto. Temos é que encontrar o equilíbrio necessário para voltar a vencer.”

continua após a publicidade

continua após a publicidade