O futebol paranaense perdeu na manhã de sábado um dos mais competentes médios (como se chamava os volantes de outrora) de sua história: Pedro Tocafundo. O ex-jogador faleceu aos 75 anos e foi sepultado ontem no cemitério da Água Verde, na capital. Nos gramados, foi aplaudido por torcedores do extinto Ferroviário (hoje Paraná Clube), do Atlético e da Seleção Paranaense nas décadas de 50 e 60. Além dele, a comunidade rubro-negra perdeu ainda o conselheiro Sílvio de Bastos.
Tocafundo desembarcou em Curitiba com a seleção universitária de Goiás, seu estado natal, em 1949 e logo despertou a atenção do Ferroviário. No ano seguinte, foi campeão pelo time da Vila Capanema, feito que repetiria em 1953, na conquista do título do Centenário do Paraná, junto com Afinho, Zauer e Fernando Knaipp, entre outros. No meio da década, chegou a atuar no Palmeiras.
Outro de seus anos de glória foi o de 1958, quando trocou de time e destacou-se, ao lado de Sano, Gaivota e Péricles, no campeonato que encerrou um jejum de nove anos sem conquistas do Atlético. No Furacão, permaneceu até 1961, quando parou de jogar.
Fora do futebol, Pedro Tocafundo fez carreira na extinta Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento), da qual chegou a ser diretor-geral no Paraná. Antes porém, fora diretor da Café do Paraná (companhia de fomento agrícola do Estado). Em respeito ao passamento do ex-jogador, sábado foi respeitado um minuto de silêncio em sua homenagem na Arena da Baixada, no confronto entre Atlético e Vitória. O ex-jogador deixa mulher e cinco filhos, entre eles o ex-presidente da Paraná Esporte, Marcos Tocafundo.