Ademir da Guia é vítima de trapalhada causada por briga entre Palmeiras e WTorre

A desgastada relação entre Palmeiras e WTorre fez com que o maior ídolo da história do clube, Ademir da Guia, passasse por uma situação constrangedora no sábado. Ele foi anunciado pela construtora como locutor do Allianz Parque na partida contra o Atlético-PR, mas teve vetada sua participação pelo clube e ficou chateado com a situação.

“O pessoal do Allianz me falou que o rapaz do sistema de som estava viajando e me convidou para ir lá. Nem sei fazer essa coisa, mas aceitei para ajudar. Depois me ligaram e falaram que contrataram uma pessoa e que eu não iria fazer nada”, completou o ex-meia. O próprio presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, foi quem ligou para o craque.

Ademir não quis entrar em detalhes com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. “Foi isso que aconteceu e só. Não tem mais o que falar agora. Eu só queria ajudar”.

Para amigos, porém, revelou ter ficado constrangido por ter se envolvido indiretamente na disputa entre clube e construtora. “Eu só queria que eles se dessem bem; todo mundo ganharia com isso”, disse o Divino.

Os envolvidos alegam que houve falta de comunicação. O Palmeiras informa que em momento algum foi consultado sobre a ideia da construtora e por isso contratou Edson Sorriso como locutor. Ele geralmente trabalha no Pacaembu.

Já a construtora diz que o locutor do estádio seria de sua responsabilidade, por isso queria aproveitar a ocasião para fazer uma homenagem. “Nossa intenção era apenas homenagear os grandes nomes palmeirenses. Tanto que outros palmeirenses ilustres foram sondados para outros jogos. Não imaginávamos que o Palmeiras seria contra uma ação que visa prestigiar torcedores ilustres e craques do passado”, disse a construtora, por meio de comunicado.

NOVELA – Esse é mais um capítulo da disputa entre clube e construtora. Desde que Paulo Nobre assumiu a presidência, passou a discordar de muitos pontos no contrato. O principal deles é o direito da venda de cadeiras cativas no estádio.

O Palmeiras entende que a WTorre tem direito a apenas 10 mil lugares e o restante pertence ao clube. Já a construtora acredita que é a dona de todos os assentos da arena. Esse e outros temas estão sendo discutidos na Câmara de Arbitragem e não têm prazo para serem solucionados.

MAIS UM BARRADO – Quem também se envolveu em confusão antes do jogo foi o ex-atacante Evair. Segundo seu assessor, ele não foi autorizado por um funcionário da portaria a entrar no estádio sem ingresso e não quis esperar que um amigo lhe conseguisse a entrada.

Geralmente, os ex-jogadores podem pedir ingresso e entrar gratuitamente no estádio, mas precisam pedir antecipadamente, algo que não foi feito. O fato de ver o ídolo barrado na porta do estádio causou a irritação de muitos torcedores palmeirenses.

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