Enquanto Lucas era negociado com o Paris Saint-Germain e defendia a seleção brasileira na Olimpíada de Londres, no ano passado, Ademilson aparecia como um dos mais fortes candidatos a ser seu substituto. Formado em Cotia, o atacante desandou a fazer gols e ganhou a então vaga camisa 11 (usava a 29); a expectativa é que ele se consolidasse na equipe e virasse uma solução caseira repor a saída do companheiro.

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Mas a projeção não se formou e Ademilson sumiu e perdeu o brilho mesmo nas seleções de base – fracassou na primeira fase do Sul-Americano Sub-20 com a seleção brasileira e perdeu o lugar na equipe. No São Paulo, virou uma das últimas opções do técnico Ney Franco e raramente ganhava oportunidades. Pessoas do próprio São Paulo disseram que o jovem se deslumbrou com a fama repentina e perdeu a humildade, o que explicaria a queda vertiginosa.

Mas aos poucos o jovem, um dos queridinhos do presidente Juvenal Juvêncio por ser cria da base, começa a retomar o seu espaço. Ele participou dos últimos quatro jogos (dois como titular) e marcou dois gols, sendo o último deles o que garantiu a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético Mineiro na Copa Libertadores, que colocou o time tricolor nas oitavas de final. “Sem dúvida foi o momento mais importante da minha carreira, mas sou atacante e preciso fazer gols. Eu fiz o gol, mas todo mundo tem sua parcela e foi o time que definiu a partida, não eu”, minimizou.

A expectativa é que Ademilson seja apenas mais um dos jovens en campo contra o Mogi Mirim, neste domingo. Para ele, a partida, livre de maiores aspirações, servirá para que os novatos comecem a se acostumar com a rotina da equipe principal. “Dá uma certa confiança pra entrarmos tranquilos e é bom porque dá para colocar jogadores que não estavam jogando. É bom para colocar o grupo todo para jogar e os garotos podem atuar sem muita pressão”.

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Se a base da equipe deve ser de reservas, o atacante deve ter um parceiro de peso ao seu lado no ataque. Luis Fabiano volta à equipe e comandará os reservas em sua primeira partida após três semanas em recuperação de uma lesão na panturrilha esquerda. “O Luis é uma piada. Se eu faço um gol ele fala que estou o observando jogar; se não faço ele diz que é porque não estou vendo”.