Praga – O ex-atacante atleticano Adauto, que atuava pelo Atlético Paranaense, está acompanhando de perto o drama de milhares de pessoas em Praga, a capital da República Checa que está sendo castigada pela maior chuva na região desde 1890. O jogador, de 22 anos, se transferiu para o Slavia Praga há pouco mais de um mês e diz estar assustado com as conseqüências da chuva, que já provocou a morte de 94 pessoas em vários países da Europa. Ontem, a polícia evacuou o setor histórico da cidade de 1 milhão de habitantes. Equipes de emergência montaram barreiras com sacos de areia para tentar impedir que as águas do Rio Moldava chegassem ao centro. Segundo estimativas das autoridades, pelo menos 70 mil pessoas tiveram de deixar suas casas por causa da inundação. “As pessoas estão apavoradas. Tem muita gente desabrigada. É realmente muito triste”, lamentou o atacante, que ao menos por enquanto está livre do perigo. Ele conta que mora provisoriamente num hotel na parte da alta da cidade, onde fica a sede do Slavia. “O centro de Praga está intransitável. As pontes estão todas sob as águas. Fomos aconselhados a só sair de casa se houver muita necessidade”, revela.

Segundo Adauto, o tempo ruim afetou diretamente o Campeonato Nacional. A terceira rodada foi suspensa e a sua estréia, prevista para a última segunda-feira, teve de ser adiada. Adauto é o único jogador brasileiro na República Checa e apesar do susto, está otimista quanto ao futuro. Assinou contrato de um ano com o Slavia e espera continuar na Europa. O seu time vai disputar a Liga dos Campeões – o maior torneio de futebol do continente – e a expectativa é grande. “Quero fazer muitos gols aqui. É um país que me recebeu de braços abertos e quero retribuir com gols, muitos gols”.

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