Foto: Valquir Aureliano / O Estado
Souza e Marcelo Peabiru estarão em campo.

Gilberto Pereira prepara surpresas para tentar reverter os 3×0 do jogo de Maringá. Apesar de já ter enfrentado o Paraná três vezes, o técnico da Adap mantém o segredo, não escala o time para a finalíssima do estadual.

continua após a publicidade

Em dois coletivos realizados sexta-feira, no CT do Coritiba, o treinador montou equipes diferentes. Pela manhã, a escalação foi praticamente a mesma da partida de Maringá, com exceção da entrada do volante Leandro -que estava suspenso – na meia e o deslocamento de Mineiro para a lateral-esquerda. Batista deixou o time. À tarde o treinador entregou o colete de titular a Batista e ao atacante Warlley, deixando Souza e Gildázio na reserva. No sábado, houve apenas um treino recreativo.

Gilberto garante que, apesar da desvantagem, a prioridade será conter o ataque paranista. "É ilusão achar que com cinco atacantes teremos um time ofensivo. Precisamos antes neutralizar os pontos fortes do Paraná", falou. Segundo ele, a maior força do tricolor é a capacidade de congestionar o meio-campo e sair em bloco em direção ao ataque. "Às vezes o Paraná joga no 3-7-0, sem deixar de ter força ofensiva. Mérito para o Barbieri", disse o técnico, que destacou individualmente o atacante Leonardo e o meia Maicosuel – mas aproveitando para alfinetar a arbitragem. "Maicosuel é abusado e dribla bem, mas às vezes consegue envolver os juízes", falou. A Adap até hoje contesta o pênalti marcado sobre o meia tricolor no primeiro jogo da decisão.

Ângelo quer se consagrar na capital

continua após a publicidade

A principal revelação da Adap conhece bem os gramados curitibanos. Para o lateral-direito Ângelo, 21 anos, o título paranaense seria uma espécie de resposta ao Atlético, clube que o "criou", mas nunca lhe deu grandes oportunidades.

O lateral defendeu o rubro-negro entre 2001 e 2004, nas categorias juvenil e júnior, e estava no elenco vice-campeão da Taça Belo Horizonte em 2003. Mas uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho, que o deixou seis meses longe da bola, minou sua trajetória. "Voltei na reserva do Murilo. Vi que não seria aproveitado e pedi rescisão de contrato", contou o jogador, que diz ter ficado chateado com o clube. "Tinha o sonho se ser campeão pelo Atlético. Mas não adianta guardar mágoa, tinha muito jogador na época", falou.

continua após a publicidade

Depois do Atlético, Ângelo rumou para Campo Mourão na metade de 2004. Jogou algumas partidas no estadual do ano passado, mas só tomou conta da posição em 2006 -quando ganhou elogios e até prêmio de emissora de rádio curitibana como melhor da posição no estadual.

A ascensão já faz o jogador planejar novos ares em 2006. "Soube que tem time da série A interessado em me contratar. Mas acho que pelo menos uma série B eu disputo", confia o lateral, cujo contrato termina ainda este mês. A diretoria da Adap se nega a falar sobre negociações antes da final do paranaense.