ACP vence o Paraná Clube, de virada, e alcança o topo da tabela

O Paraná Clube não está tendo vida fácil. Representante paranaense na Libertadores da América 2007 e enfrentando uma verdadeira maratona de viagens e jogos, o tricolor paranaense entrou em campo na noite desta segunda-feira (19), para enfrentar o Paranavaí, pela 11.ª rodada do Campeonato Paranaense 2007. Obrigando-se a jogar com um time bastante modificado, o Paraná não conseguiu reeditar a boa campanha da Libertadores da América e foi derrotado pelo Vermelhinho por 3 a 2, de virada, no Estádio Waldemiro Wagner. Como a delegação paranista chegou da Venezuela somente no domingo, o técnico Zetti não comandou o time esta noite. Apesar de uma equipe bem diferente do que a torcida está acostumada a ver, o Paraná fez um bom jogo, principalmente no primeiro tempo, e enfrentou de igual para igual com o atual líder da competição.

O jogo começou equilibrado com boas oportunidades para as duas equipes. O Paraná conseguiu abrir o placar aos 13 minutos. Vandinho recebeu na área e foi derrubado pelo goleiro do Vermelhinho. O próprio Vandinho cobrou e fez Paraná 1×0. Os reservas do Paraná continuaram insistindo e aumentaram o marcador aos 17 minutos. Elton cobrou falta e ampliou.

O Jogo continuou com ritmo acelerado e o Paranavaí tratou de diminuir ainda no primeiro tempo. Edemilson chutou duas vezes para marcar o primeiro gol do ACP na partida. Aos 35 minutos o árbitro anotou mais uma penalidade máxima, desta vez a favor do time da casa. Edemilson foi para a cobrança e deixou tudo igual. Paranavaí e Paraná ainda tiveram boas oportunidades para terminar a primeira etapa à frente do marcador, mas o 2 a 2 ficou de bom tamanho para as duas equipes, que se empenharam muito.

O segundo tempo começou no mesmo ritmo do primeiro. Logo no primeiro minuto Vandinho acertou a trave do goleiro Vanderlei. O lance não assustou o ACP que partiu para cima e virou o marcador aos 4 minutos. Bola levantada na área tricolor, a zaga não subiu e Neylor cabeceou firme, sem chance de defesa para Marcos Leandro. Aos 13 Ethiê foi expulso ao se desentender com o paranista Parral.

Após o terceiro gol, e com um jogador a menos, o Paranavaí passou a se defender, por outro lado, o Paraná Clube não conseguia sair da marcação. O jogo ficou mais calmo e as duas equipes já não buscavam o ataque tão incessantemente.

O Paranavaí teve mais dois jogadores expulsos no final da partida. Aos 40 minutos, Diego Correa retardou a partida e recebeu o cartão vermelho. Aos 45 Gilberto Flores cometeu falta dura e também foi para o chuveiro mais cedo. Mesmo com três jogadores a mais, o Tricolor não teve tempo para evitar a derrota, a terceira na competição. Com o resultado, o Paraná permanece com 12 pontos ganhos, em 10.º lugar. O Paranavaí chegou à ponta da tabela e divide a liderança com o Galo Adap, com 21 pontos.

Ordem agora é descansar

Fábio Alexandre
Dinelson foi o principal destaque da equipe no jogo na Venezuela.

Carlos Simon

Administrar o cansaço pela longa viagem de retorno da Venezuela é mais um desafio que o Paraná Clube terá contra o Real Potosí, amanhã, na Vila Capanema.

A delegação paranista desembarcou somente às 13h30 de domingo no Aeroporto Afonso Pena, depois de uma viagem que começou na sexta-feira e incluiu paradas em Bogotá e São Paulo. ?Não pudemos nem treinar. Ficamos só indo de hotel para aeroporto. O desgaste foi enorme?, falou Zetti durante o desembarque, acompanhado por cerca de 40 torcedores que foram recepcionar o time.

A condição física, aliás, é um dos fatores que o técnico avaliará para definir a escalação diante da equipe boliviana. Mas a tendência, de acordo com o próprio Zetti, é a manutenção da mesma equipe que derrotou o Unión Maracaibo por 4 x 2 na quinta-feira. A única dúvida é a permanência de Xaves, que teve boa atuação na Venezuela, ou o retorno de Goiano, já livre da suspensão.

Zetti disse que, pela correria, ainda não pôde assistir aos teipes dos jogos do Real Potosí. ?Posso mudar o esquema de acordo com o que adversário apresentar. Mas devemos manter os dois zagueiros e dois atacantes?, disse o técnico.

Na volta ao Brasil, o mais assediado pela torcida foi o meia Dinelson, autor de um gol e duas assistências – uma delas, após jogada sensacional – diante do Maracaibo. No discurso, o jogador preferiu enaltecer toda a equipe. ?Fico feliz com o carinho, mas valorizo o coletivo. Ainda não me sinto um ídolo, e ainda tenho muito a ajudar o Paraná e a torcida?, falou o jogador. A boa fase, no entanto, tem verdadeiro sabor pessoal para o meio-campista, desprestigiado pelo Corinthians, clube que ainda detém seus direitos federativos. ?Vivi alguns momentos difíceis em São Paulo e precisava fazer uma boa Libertadores para dar a volta por cima?, falou o meia.

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