Acidentes na simulação de acidentes

São Paulo (AE) – Faltando duas semanas para a disputa do GP do Brasil de Fórmula 1, dois acidentes reais aconteceram neste sábado durante a simulação oficial da prova com equipe médica do Hospital São Luiz e o Corpo de Bombeiros, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Dez pilotos participaram da ?prova? na pista molhada, com percurso de 12 voltas com velocidade baixa (até 180 km/h) e óleo no asfalto. Dois deles perderam o controle do carro, rodaram e foram parar no guard-rail. Mas não se machucaram. ?Foi mais real do que a gente imaginava. Foi bom para o pessoal sentir a emoção de um GP?, disse Carlos Montagner, diretor do GP do Brasil há 11 anos e com 32 anos de experiência no currículo.

Alisson Paulinely, de 18 anos, foi um dos pilotos que falhou na entrada da Curva do Pato e bateu no guard-rail, quando andava a 100km/h. ?Senti a traseira do carro balançar e quando percebi já estava no muro. Fechei os olhos e esperei a batida?, contou o garoto, que sofreu uma pancada no cotovelo, sem maiores conseqüências. Mas seu carro ficou destruído. ?Toda a parte lateral caiu?, revelou.

No ?acidente? combinado previamente entre organizadores e pilotos, na terceira volta, na entrada da reta dos boxes, Montagner aprovou a agilidade da equipe médica, que trabalhou ontem com o auxílio de um helicóptero, sete ambulâncias de pista e três carros de intervenção.

A equipe médica removeu o piloto em três minutos, tempo considerado ideal pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). ?A FIA quer que o piloto seja retirado do carro em até três minutos. Mas isso depende das condições do piloto, localização do acidente. O importante é o piloto não sofrer novas lesões e ser atendido com qualidade?, afirmou Dino Altmann, diretor do Hospital São Luiz.

Além do simulado, Interlados passa pelos últimos ajustes para deixar tudo pronto para o GP do Brasil, que será no dia 22 de outubro e encerra a temporada 2006 da Fórmula 1. Faltam agora detalhes, segundo Chico Rosa, administrador do autódromo. ?Falta pouca coisa, como pinturas das zebras e do grid de largada, que deixamos para fazer sempre próximo à corrida. Além de instalações de telas na curva do lago e na reta dos boxes. Está tudo dentro do cronograma?, garantiu.

O administrador lembrou que neste ano não foram necessários muitos reparos no autódromo. E que a preocupação foi na melhoria do atendimento ao público. ?As arquibancadas e os banheiros foram ampliados, melhorados?, completou Chico Rosa.

No traçado de Interlagos, Luís Ernesto Morales, chefe de engenharia da organização do GP do Brasil, conta que o trabalho de drenagem da pista já está em fase de conclusão. A novidade é a pintura com tinta antiderrapante na pista. ?Foi uma exigência da FIA?, explicou.

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