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Ação do MP vira multa e anulação da eleição do Corinthians perde força

A possibilidade de anulação das eleições presidenciais do Corinthians deste ano perdeu força. Após as investigações do inquérito policial da 5.ª Delegacia de Polícia e Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), o Ministério Público de São Paulo decidiu processar a Telemeeting Brasil, empresa contratada para fazer a eleição presidencial corintiana, por violação do Código de Defesa do Consumidor. A acusação de fraude eleitoral foi descartada. Na visão do MP, a empresa não entregou o serviço proposto ao clube. Os principais problemas foram: desconformidade do serviço, falta de segurança e de credibilidade no programa da urna eletrônica.

Com isso, o órgão determinou uma multa de seis salários mínimos (R$ 5.724,00). A empresa aceitou o acordo, que foi assinado na tarde desta segunda-feira. Na esfera criminal, portanto, o caso está encerrado.

O advogado Denys Ricardo Rodrigues, que defende a empresa, explica que o acordo não implica admissão de culpa e que esse caminho foi escolhido para evitar que o processo se arrastasse, trazendo custos judiciais. Os três funcionários da Telemeeting Brasil que tinham depoimentos marcados para hoje não chegaram a ser ouvidos.

A suspeita dos candidatos derrotados era de que ao menos uma urna havia sofrido adulteração e que, com isso, votos não haviam sido computados. A ação tinha como autor o candidato derrotado Paulo Garcia; o MP era o titular penal. Duas empresas realizaram perícias nas urnas.

POLÍTICA DO CLUBE – O acordo desta segunda-feira enfraquece a tese de fraude eleitoral levantada pelos candidatos derrotados Paulo Garcia e Romeu Tuma Junior, mas não encerra totalmente o processo. A ideia seria obter provas na esfera criminal para forçar a anulação. Agora, a oposição ficou esvaziada. Os candidatos ainda podem entrar com uma ação civil para tentar anular a eleição. O alvo dessa eventual ação seria agora o Corinthians e não mais a empresa prestadora de serviços. Os dois candidatos não retornaram o contato da reportagem.

Fontes ouvidas pelo Estado afirmam que o clube vive um momento de acomodação de suas correntes políticas e que as críticas ao sistema eleitoral estão inseridas nesse contexto. Desde que foi eleito, o presidente Andrés Sanchez comanda o clube. O Corinthians ainda não se manifestou de forma oficial sobre o episódio.

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