Düsseldorf – Para o amistoso preparatório de hoje à noite (20h30, pelo horário alemão) contra o Japão de Zico, em Leverkusen, o técnico Jürgen Klinsmann não poderá contar com três importantes jogadores dentro de seu esquema na seleção alemã. Michael Ballack, que se recupera de lesão no tornozelo, Phillip Lahm, com fratura no braço esquerdo, e Robert Huth, machucado na goleada sobre Luxemburgo, foram vetados pelo departamento médico.
Para equilibrar a falta destes atletas, Klinsmann vai mandar a campo o zagueiro Jens Nowotny, do Bayer Leverkusen. A intenção é empolgar a torcida local e dar mais experiência à defesa, que segundo a imprensa germânica continua sendo o ponto fraco do time de Klinsmann.
?Precisamos trabalhar as coisas elementares ainda para ter uma melhor saída de bola. Temos de jogar a primeira bola sempre para frente?, declarou o auxiliar-técnico Joachim Löw após o jogo em Freiburg, onde o país passeou ao superar Luxemburgo por 7 a 0, no último sábado.
Com a entrada de Nowotny, que não joga na seleção desde a Eurocopa de 2004, em Portugal, Klinsmann pretende forçar uma automatização dentro de campo do que foi treinado, exaustivamente, em Genebra.
Após o jogo contra o Japão, a comissão técnica deve ganhar mais um problema: quem deve sair para a entrada de Ballack. Para a imprensa alemã, até uma mudança no esquema tático para o 3-5-2 pode ser utilizada por Klinsmann para preservar o meio-de-campo que atuou na partida contra Luxemburgo.
O setor foi o mais elogiado do time e o meia do Werder Bremen, Tim Borowski, ganhou muita moral na equipe após os 7 a 0. A opção poderia ser até a saída do ala direito Arne Friedrich e a manutenção de todo o meio-de-campo, como o deslocamento de Bernd Schneider para a lateral. Com isso, Ballack teria a ajuda de Borowski na criação de jogadas para os atacantes Klose e Podolski, que estão numa forma excepcional.
A seleção alemã ainda fará mais um amistoso antes da Copa do Mundo. Depois dos japoneses, o adversário será a Colômbia, na próxima sexta-feira, em Mönchengladbach. Os donos da casa estréiam no Mundial sete dias depois, diante da Costa Rica, em Munique, pelo Grupo A.
Termômetro
Hoje é dia de o Japão saber até onde poderá ir na Copa. Mais do que um amistoso, a partida contra os anfitriões do torneio de 2006 – que possuem uma equipe forte e são candidatos potenciais ao título apesar da desconfiança de grande parte da torcida -, servirá para Zico constatar se o time pode mesmo ficar com a segunda vaga do Grupo F às oitavas-de-final da Copa (é o próprio treinador quem considera que o Brasil já é dono da primeira colocação) e até se poderá ir longe na competição.
Zico está animado. ?Creio, realmente, que o Japão pode obter, na Alemanha, sua melhor posição em Mundiais?, disse, demonstrando confiança em superar as oitavas-de-final, fase em que os japoneses caíram em 2002, quando foram co-anfitriões da Copa – a Coréia do Sul, que também sediou jogos, ficou em quarto lugar.
Mas sabe que, para isso, além de vontade, determinação e um futebol à base de velocidade, o Japão precisa mostrar personalidade e espírito vencedor. E nada melhor do que testar o estágio do grupo nestes dois itens contra uma forte seleção.
?É um amistoso importante. Pela força do adversário, que joga em casa, e para avaliarmos nosso comportamento.?