A contagem regressiva de um ano para o início dos Jogos de Inverno de 2018, em Pyeongchang, na Coreia do Sul, foi aberta de forma oficial nesta quinta-feira, quando a tocha olímpica do grande evento foi revelada e os organizadores confirmaram a abertura da venda de ingressos por meio da internet.

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A revelação do símbolo dos Jogos foi feita pela sul-coreana Yuna Kim, que se tornou a primeira atleta do seu país a conquistar uma medalha de ouro olímpica na patinação artística, feito obtido em Vancouver, no Canadá, em 2010. Ela também se sagrou bicampeã mundial da modalidade com os títulos obtidos em 2009 e 2013, assim como faturou a medalha de prata nos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia, em 2014.

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O primeiro ministro sul-coreano, Hwang Kyo-ahn, e uma delegação do Comitê Olímpico Internacional liderada por Gunilla Lindberg, que preside uma comissão de coordenação dos Jogos de 2018 para o COI, também marcaram presença na cerimônia realizada nesta quinta-feira em Gangneung. Esta cidade, que fica nas proximidades de Pyeongchang, irá abrigar eventos de esportes no gelo da grande competição que começa daqui exatamente um ano.

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“Estou convencido de que a Olimpíada de Pyeongchang será um sucesso”, afirmou Hwang Kyo-ahn em seu discurso durante a cerimônia. “Acredito na grande força de nosso povo (da Coreia do Sul), que organizou com sucesso eventos internacionais como a Olimpíada de 1988 (realizada em Seul) e a Copa do Mundo de 2002 (que os sul-coreanos abrigaram em conjunto com o Japão)”, completou.

Com o status de quem talvez ainda seja a personalidade esportiva mais popular da Coreia do Sul, mesmo depois de já ter se aposentado, Yuna Kim carregou a tocha olímpica de cores branca e dourada até um palco montado acima do gelo acompanhada por um grupo de artistas pop que cantaram “We Are The Champions”, o clássico hit consagrado pela banda britânica Queen. Foi o momento mais destacado do evento no qual ainda foi exibida uma mensagem por vídeo enviada pelo presidente do COI, Thomas Bach.

“É com grande prazer que convido os comitês olímpicos nacionais do mundo e seus atletas a participarem dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang-2018”, afirmou Bach em sua mensagem, com a qual visou promover o evento que ocorrerá após os Jogos de Sochi terem sido abalados por um escândalo de doping que atingiu a Rússia, acusada de promover, com o apoio do próprio governo nacional, um esquema sistemático de dopagem que teria beneficiado vários de seus atletas nos Jogos de Inverno de Sochi e em outras edições da Olimpíada.

O grande evento em Pyeongchang irá marcar a segunda edição de uma Olimpíada realizada na Coreia do Sul, que anteriormente abrigou a Olimpíada de Verão em 1988. Desta vez, os organizadores locais tiveram de superar atrasos nos prazos de entrega previstos, conflitos nas construções das sedes e dificuldades em atrair patrocinadores domésticos durante este período de preparação para o evento.

Os trabalhadores das construções já estão, porém, dando os toques finais nas 12 sedes de competição em Pyeongchang e também em Gangneung, incluindo seis novas instalações que os organizadores dizem que estão 96% prontas.

Com vilas montadas para atletas e jornalistas, além de um centro internacional de transmissão, os Jogos Olímpicos de 2018 terão como principal palco um estádio em formato pentagonal que irá abrigar as cerimônias de abertura e encerramento. O término da construção da arena com capacidade para 50 mil pessoas está previsto para setembro em uma obra cujo custo estimado foi de US$ 78 milhões.