São Paulo – A melhor geração dos últimos tempos e experiente, apesar de jovem – a maioria dos atletas atua na NBA e na Europa – fez a pior campanha de toda a história. O Brasil está fora das oitavas-de-final do mundial masculino de basquete, do Japão, após quatro derrotas, a última delas ontem, para a Lituânia por 79 a 74 (48 a 37). O Brasil só venceu o Catar e ficou em 5.º no grupo C, eliminado. O técnico mudou muito o time? Foi o excesso de erros nos lances livres? Os atletas da NBA estavam sob pressão? Todos buscam explicações.
Oscar Schmidt, presidente da Nossa Liga de Basquete (NLB), observa que a situação é antiga. O Brasil foi 8.º no mundial de Indianápolis e disputou uma Olimpíada pela última vez em 1996 (com Oscar). ?É culpa da administração incompetente da CBB, que não tem de cuidar dos campeonatos. Quando eu, a Paula e a Hortência nos colocamos à disposição do basquete para criarmos a NLB, nos ignoraram. A CBB acha que sabe tudo e não sabe nada. Estamos abaixo do básico do que o basquete precisa.?
Hortência, campeã mundial, diz que faltou experiência. ?O fato de jogarem na NBA não torna atletas, como Leandrinho e Varejão, experientes. Vestir a camisa do Brasil é diferente.? Os próprios erros do Brasil nos lances livres, Hortência – que tinha alto índice de acertos – atribui a inexperiência. ?O nervosismo é natural.?
Ontem, o Brasil desperdiçou 11 lances livres. ?Não falta de treino, mas o emocional influencia. O lance livre exige frieza?, diz a armadora Adrianinha, que disputará o mundial feminino de São Paulo, de 12 a 23 de setembro. Wlamir Marques, bicampeão mundial (59 e 63) acha que faltou competência aos atletas, técnicos e à CBB. ?O basquete está de luto por esses motivos.?
Pelas oitavas-de-final jogam Argentina x Nova Zelândia, Itália x Lituânia, Turquia x Eslovênia e Espanha x Sérvia, Alemanha x Nigéria, EUA x Austrália, França x Angola e Grécia x China.
