Rio – Para manter o Brasil no topo do vôlei mundial, o técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, agora quer superar a si mesmo.

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Durante o desembarque de ontem, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, após a conquista do hexacampeonato mundial, domingo, em Moscou, o treinador explicou que tentará encontrar os defeitos da equipe que montou, estudando um modo de superá-la.

?Já conversei com o Tabach (Ricardo, assistente técnico) para nós fazermos um exercício e estudarmos a seleção. Como faríamos se tivéssemos do outro lado e precisássemos derrotá-la? Como marcar??, contou Bernardinho. ?Sei que precisamos ganhar consistência no saque, a defesa pode melhorar e devemos buscar algo de novo no ataque?.

Bernardinho chegou já com o desejo de iniciar os treinamentos para o próximo compromisso da equipe, o Mundial do Japão, entre os dias 17 de novembro e 3 de dezembro, mas a necessidade de os atletas se apresentarem aos clubes europeus impediu que sua intenção fosse realizada. Desta maneira, os jogadores somente voltarão a se reunir quando faltar um mês para a competição.

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Para amenizar a falta de treinos com o grupo, Bernardinho avisou que todos os atletas começarão a ser monitorados e a receber obrigações para cumprir enquanto estiverem nos clubes. E, ciente de que a seleção não apresentou todo seu potencial em Moscou, Bernardinho alertou aos atletas sobre a necessidade de melhorarem o desempenho, além do perigo que pode representar uma acomodação.

?A distância entre nós e os outros times está diminuindo. Não dá para curtir muito o título porque temos muita coisa para fazer?, frisou Bernardinho, que termina esta semana de escrever um livro sobre sua experiência à frente do Brasil. ?Agora, a gente só não pode esquecer o que fazer para chegar ao momento da vitória. Até porque estamos sendo caça há alguns anos e precisamos buscar um algo a mais para ludibriar os caçadores?.

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O meio-de-rede Gustavo foi enfático ao ressaltar a necessidade de a equipe melhorar o saque e o bloqueio. ?Cada conquista é uma história e nesta Liga Mundial nos superamos. Depois da derrota para a Bulgária (a única na fase decisiva), conversamos e nos reerguemos?, sentenciou Gustavo. ?Mas já temos de pensar no mundial. Nosso saque tem que ser melhor e o bloqueio precisa funcionar mais?.

Futuro

Com a seleção masculina, desembarcaram as duplas campeãs mundiais sub-21 de vôlei de praia, que conquistaram o título também no domingo, mas na Polônia: Carol Aragão e Bárbara, além de Pedro Solberg e Bruno Schmidt. Bruno é sobrinho de um dos maiores nomes do basquete mundial: o brasileiro Oscar Schmidt. O atleta, de 19 anos, lembrou que tentou seguir o esporte do tio, atuando como ala, mas a sua altura de 1,85m o prejudicou. ?Agora estou bem próximo dele (Oscar). Ele veio conversar comigo e me deu conselhos sobre a carreira. Falar como é a vida de um atleta?, contou Bruno.