A fusão da Adap com o Galo Maringá não está sendo bem aceita em Campo Mourão. São muitas as críticas ao vice-campeão estadual de 2006, que, com a união, incorpora as cores (alvinegra) do Galo e passa a mandar os jogos de seu time profissional (o que inclui a Copa do Brasil de 2007) em Maringá.
Numa enquete promovida pelo jornal Tribuna do Interior, desde sábado, 49,1% dos internautas assinalaram a opção ?Foi uma traição para os mourãoenses? (28,1% concordaram com a fusão: ?O time não tinha recursos?; e 22,8% se mostraram indiferentes).
O presidente da Adap, Adílson Batista Prado, justificou a transferência pela falta de investidores à altura do crescimento do clube (o fato estaria gerando prejuízos ao dirigente e ao seu irmão Avanílton, vice-presidente). ?Há poucas pessoas e empresários que ajudam a Adap. O município mantém o mesmo auxílio de quando estávamos na 3.ª Divisão?.
Numa nota oficial, Adílson cita a promessa de que o estádio Roberto Brzezinski passaria a comportar 15 mil torcedores no final deste ano. À imprensa local, o prefeito Nelson Tureck argumentou que a demora do governo estadual em liberar a verba de R$ 1,5 milhão é que atrapalha a obra (e avisa que o dinheiro vai mudar de rumo: será utilizado na construção de um ginásio).
O dirigente lamenta também a baixa média de público no Estadual deste ano: ?Com exceção aos 500 a 600 torcedores que temos, a população apoiou o time na reta final porque (…) tratava-se de um fato histórico para a cidade?. A Adap recebe anualmente R$ 150 mil para colocar sua estrutura à disposição de programas sociais desenvolvidos pela prefeitura. Para Adilson, a contrapartida é interessante para a cidade devido ao retorno de mídia e a geração de empregos. As categorias de base vão continuar sediadas em Campo Mourão e é intenção da Adap continuar representando a cidade em competições como os Jogos Abertos e os Jogos Colegiais do Paraná.
Amanhã, na sede da Federação Paranaense de Futebol acontece uma reunião extraordinária para discutir o assunto.
