Bastam alguns nomes como Ronaldinho, Pato, Diego, Messi, Riquelme e Mascherano para que se entenda qual será o nível da competição de futebol nas Olimpíadas de Pequim. Para tentar o título inédito, a seleção brasileira conta com um elenco que mistura jogadores consagrados com jovens esperanças.
Montado após uma série de polêmicas envolvendo jogadores vetados por seus clubes de participar dos Jogos (caso de Kaká, Juan e Robinho), o Brasil foi inserido no grupo da China, que terá no elenco de jogadores acima de 23 anos o meio-campo Zheng Zhi, que atua no Charlton da Inglaterra, o zagueiro Li Weifeng e o atacante Han Peng. No grupo C, além dos chineses e brasileiros, estão também Bélgica e Nova Zelândia.
A competição promete, portanto, ser um espetáculo, embora as condições climáticas e ambientais possam não ajudar. O mais esperado será, obviamente, Ronaldinho, que já apresentou um bom nível técnico no amistoso contra Singapura e agora terá a primeira ocasião verdadeira de demonstrar que está de volta. Ao seu lado, está Alexandre Pato, que sonha em conquistar o ouro e em ser o artilheiro da competição, como ele mesmo afirmou: “gostaria de fazer um gol por partida”.
Para o técnico Dunga, a dupla será fundamental, até porque caso o Brasil seja eliminado, o treinador corre grande risco de perder o cargo. Mas Ronaldinho e Pato terão a companhia da revelação do Fluminense Thiago Neves e o destaque do Werder Bremen Diego para buscar o ouro.
Os Jogos Olímpicos serão também uma boa oportunidade para observar melhor Breno, que chegou a ser chamado de “novo Beckenbauer”. O jogador é tido como a promessa de ser um dos melhores zagueiros da história do futebol brasileiro. Mas no Bayern de Munique, que o contratou em janeiro deste ano, até agora o jogador, ex-São Paulo, tem ficado no banco.
A Itália, por sua vez está no grupo D, com Coréia do Sul, Honduras e Camarões, que conquistou o ouro em Sydney. Para a azzurra, a participação nas Olimpíadas se tornou um agradável hábito, principalmente depois de ter conquistado, quatro anos atrás, o bronze ao derrotar o Iraque. Para chegar ao pódio mais uma vez, a seleção italiana tem como promessa a dupla Casiraghi e Zola.
Outra seleção que merece a maior atenção é a Argentina, campeã da última edição dos Jogos com um elenco que tinha Tevez e Mascherano. Desta vez, com Riquelme e Messi ansiosos por disputar as Olimpíadas, os maiores rivais do Brasil estão no grupo A, ao lado de Austrália, Costa do Marfim e Sérvia.
Completa o quadro da primeira fase o grupo B, que tem a Holanda como possível surpresa da competição por ter um excelente elenco. Na primeira fase, os holandeses terão pela frente a Nigéria, os Estados Unidos e o Japão.
Já no futebol feminino, o Brasil tenta conquistar a medalha de ouro, que escapou em Atenas na derrota para os Estados Unidos. Como em 2004, a seleção poderá contar com a número10 Marta, jogadora que, segundo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, “tem tanta habilidade que poderia tranqüilamente jogar com os homens”.
Mas tanto o Brasil como as outras grandes potências do futebol feminino, como Estados Unidos Noruega e Alemanha, deverão levar em conta a China, uma grande força na modalidade que pretende desfrutar ao máximo o fator casa, mesmo desfalcada da atacante Ma Xiaoxu, considerada “Rooney feminino” (em referência ao atacante do Manchester United), que não poderá jogar por ter lesionado o ligamento do joelho esquerdo no último amistoso.
As jogadoras chinesas estão em uma longa concentração, com regras muito rígidas, pois lhes foi dito que elas não podem falhar. A China estréia na competição enfrentando a Suécia, no dia 6 de agosto, dois dias antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas.