Desde o primeiro embate entre Coritiba e Atlético, em junho de 1924, a rivalidade esteve presente, fato que se repetiria pelos próximas vezes que os times se encontrariam. Nessa partida, o placar foi favorável ao Alto da Glória: o Atlético foi derrotado por 6 a 3, dos quais o alviverde Ninho marcaria por quatro vezes.

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No total, foram 339 partidas disputadas, das quais o Alviverde venceu 129, perdendo 108 e empatando 102 vezes. Justamente, o placar de 1 a 1 seria o mais comum, ocorrendo em 51 confrontos. O Coritiba marcou 515 gols, enquanto o Rubro-negro balançou 470 vezes a rede do Coxa. A maior goleada a favor dos coritibanos aconteceu em 1932, vencendo o Atlético por 6 a 0, contudo, passados seis anos, o Coxa sofreria sua maior derrota para rival: 6 a 2.

Seria em um atletiba que os jogadores do Coritiba receberiam a alcunha “coxa-branca”, dada aos coritibanos devido à ascendência alemã de alguns de seus jogadores, em especial Hans Egon Breyer. Jofre Cabral, dirigente rubro-negro, teria protagonizado a cena em 1941, época da II Guerra Mundial, durante a primeira final do paranaense envolvendo Atlético e Coritiba.

Divulgação
Capitão Hidalgo e Sicupira antes da bola rolar
em um Atletiba disputado no ano de 1972.

Para Aroldo Fedato, que atuou com a camisa alviverde até 1958, a vitória sobre o Atlético sempre tem algo de especial. O zagueiro, amigo do atleticano Jackson, diz que a vitória sobre o rubro-negro é um “dever moral”. O ex-atacante Leocádio negou inimizades com jogadores atleticanos, porém, ressaltou que o peso de um atletiba é o mesmo do clássico carioca entre Flamengo e Fluminense. O campeão brasileiro Lela, afirma que “perder um atletiba é pior que perder uma final do campeonato paranaense”.

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É comum que dirigentes e outros funcionários que tenham atuado por um dos dois times, não aceite propostas para trabalhar no adversário. O caça-talentos coxa-branca, Professor Miro, foi convidado para atuar pelo Atlético, porém, declinou do convite por ser coritibano convicto. Entre os poucos jogadores que formaram o elenco dos dois clubes estão Zé Roberto e Rafael Cammarota.

“A torcida coxa-branca soube esquecer o tempo que joguei no atlético, mas no começo não gostavam”, confessou Cammarota, que fez parte do inesquecível time de 1985.

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Nesses 75 anos de história do atletiba, Paulo Vecchio, em 1969, marcou um dos gols mais importantes: nos minutos finais da partida, um dos mais especiais, pois daria ao Coritiba o título do campeonato estadual. A final de 1978 também guarda peculiaridades. O goleiro do Coxa, Maga, que havia se machucado durante a partida, enfaixou um de seus joelhos antes da cobrança de pênaltis. Contudo, a faixa não estaria colocada sobre o joelho fraturado. O engenhoso ardil de Manga foi usado para enganar o adversário. Naquela final o goleiro defendeu dois pênaltis, assegurando o título ao alviverde.

Em 2008, mais uma vez a final do estadual teria o clássico duelo na disputa pela taça. Apesar da vitória rubro-negra em casa, por 2 a 1, o Coritiba conquistou o título após vencer o adversário no Couto Pereira por 2 a 0.

Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.