Desde que o Coritiba conquistou o título brasileiro, em 85, o martírio da torcida do Atlético se construiu em cima de uma estrela, que até hoje desponta em cima do brasão alviverde. E os coxas aproveitaram bem, não há como negar. Além de deixar a justificativa pronta, na ponta da língua, para qualquer fracasso vindouro, gozaram do direito de únicos campeões brasileiros de nosso Estado.
O convite para o Clube dos 13 veio antes, assim como o maior peso de voto em qualquer arbitral realizado pela CBF. Tudo em função de uma estrela, poderosa e cheia de utilidades. Um verdadeiro escudo. Será que agora virá a vingança? Com a famosa estrela no peito, os rubro-negros podem ir à forra, iluminados pelo reluzir de uma estrela tão desejada quanto qualquer vitória num Atletiba.
Construído na base de muita raça, por um grupo que ganhou o respeito dos principais críticos do futebol brasileiro, o título conquistado ontem, em solo paulista, vai agora ajudar a alimentar uma rivalidade que passou 16 anos estimulada por uma conquista unilateral. O grito de campeão brasileiro que saltou das cordas vocais atleticanas, pintou o Paraná de um vermelho e preto duradouro.
Agora, aquele mesmo bate-papo de boteco ganha outro final. Pelo menos até o próximo ano está tudo empatado. Uma estrela para cada um. Resta saber quem será o primeiro a desempatar a disputa.