Um ano para ser esquecido pelo torcedor paranista. 2011 termina sem deixar qualquer saudade para os seguidores do Paraná Clube. Afinal, a temporada foi marcada por deslizes e insucessos, com direito a um vexatório rebaixamento para a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. Um tropeço que cobrará seu preço a médio prazo. A diretoria ainda não conseguiu mensurar os prejuízos desta queda, pois além das questões financeiras há o dano moral e o risco de “desaparecer” da mídia, ao menos nos primeiros meses de 2012.
Os tricolores imaginam que este será um “passo atrás”, que para os otimistas poderá marcar uma arrancada rumo ao resgate da imagem do clube, tão maculada após sucessivos fracassos. “O que passou, passou. Temos que tratar, agora, do futuro do clube”, disse o superintendente Celso Bittencourt, ciente que o Tricolor não poderá dar um passo em falso sequer na temporada que se inicia, oficialmente, na próxima semana. “Vamos ter que correr atrás. Mas, como teremos tempo para refletir sobre o melhor caminho a ser seguido, não temos pressa em definir alguns aspectos fundamentais para 2012”, explicou.
Na prática, o Paraná tenta evitar que a falta de recursos e um calendário ruim interfiram na definição de sua estratégia de trabalho. O clube, sem jogos oficiais ao longo dos dois primeiros meses do ano, vai trabalhar com um grupo enxuto e formado com vários jogadores da base. “Não é o ideal, mas é o que podemos dispor, no momento”, diz Bittencourt. A diretoria, com essa cautela, tenta evitar que fatos como o de 2011 se repitam, onde o Tricolor iniciou o ano com mais de uma dezena de reforços de qualidade no mínimo duvidosa.
Os números não deixam dúvidas de que o pior momento do Paraná, no ano que termina, ocorreu justamente quando Roberto Cavalo e Cia. somaram somente dois pontos ao longo de oito rodadas. A partir dali, o clube viveu de “remendos”. Tentou reformular o grupo no Paranaense, mas não evitou a queda para a segundona. Mudou o grupo para o Brasileiro, mas sem poder de compra, mais uma vez marcou passo na Série B, pela quarta vez consecutiva. O presidente Rubens Bohlen, aposta no planejamento e garante que apesar das dificuldades, sua gestão não será marcada por lamentações. “Vamos fazer muito, com pouco. Esse é o nosso desafio”, promete o dirigente.