Ontem, o primeiro turno do Campeonato Brasileiro chegou ao fim. Exceção a Botafogo, Figueirense, Fluminense e Grêmio, que tiveram suas partidas adiadas por conta das Olimpíadas no Rio de Janeiro, todas as outras equipes chegaram a 19 jogos mostrando muito equilíbrio, tanto na ponta de cima, quanto na debaixo da tabela. Até aqui, ninguém desgarrou na briga pelo título e ninguém ficou muito abaixo na disputa contra o rebaixamento.
Até mesmo o América-MG, saco de pancadas até poucas rodadas atrás, mostrou uma evolução no final, ganhando pontos de times que estão próximos do G4, e voltou a ter forças e a incomodar. Uma situação que, por um lado, é boa, mas também preocupante para a dupla Atletiba.
Lá em cima, o Atlético segue colado ao grupo dos quatro melhores e próximo da liderança. Sem nenhum clube isolado lá na frente (a última vez que o primeiro turno terminou tão equilibrado e com tantos candidatos próximos foi em 2011), ainda mais com todos os concorrentes tropeçando em uma partida ou outra, qualquer um dos sete primeiros colocados pode na próxima rodada entrar ou sair do G4. Assim, o Rubro-Negro, que terminou como o segundo melhor mandante e invicto na Arena, mas somando poucos pontos fora de casa, é o 14º melhor visitante, pôde terminar esta primeira metade de maneira confortável.
A briga contra a degola segue o mesmo caminho. Exceção ao América-MG, que esteve lá dentro a competição inteira, as outras três posições tiveram donos diferentes a cada rodada. Inclusive o Sport, que no momento está em 12º. Esta oscilação ajudou o Coritiba, que antes do duelo contra a Ponte Preta era o penúltimo, mas após a vitória saltou para fora da zona de rebaixamento, mesmo desperdiçando muitos pontos pelo caminho.
No entanto, este equilíbrio em toda a tabela se reflete no baixo desempenho apresentado por todos os clubes após 188 partidas. O Palmeiras começou o campeonato com um futebol ofensivo e rápido e se transformou em favorito logo de cara. Porém, com os tropeços recentes já não é mais visto como o grande time. O Atlético-MG vem crescendo de produção, mas ainda tem desconfiança por parte de alguns torcedores.
O Santos entrou na última rodada como o líder, mas perdeu o posto após ser derrotado pelo lanterna, que não vencia há nove partidas. O Internacional, depois de liderar o Brasileirão nas primeiras rodadas, chegou ao seu décimo jogo consecutivo sem vencer, se aproximou da zona da degola e demitiu Paulo Roberto Falcão, já indo para o seu terceiro treinador no torneio.
Certamente este baixo nível técnico deixa a competição mais emocionante, pois quase todos os jogos acabam equilibrados, independentemente da posição de cada um, e muitas equipes seguem vivas na luta por seus objetivos. Mas, para termos um segundo turno mais vistoso e com boas partidas, será preciso melhorar muito. Inclusive, os nossos times. Enquanto isso, Furacão e Coxa seguem sonhando e tentando, aos trancos e barrancos, terminarem o Campeonato Brasileiro com um final feliz.
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