Por Bruna Quaglia Colmann – Content Store Tem muita gente fazendo a diferença no mundo. Organizações, instituições, projetos, grupos e […]

Por Bruna Quaglia ColmannContent Store

Tem muita gente fazendo a diferença no mundo. Organizações, instituições, projetos, grupos e pessoas encontram diferentes formas de ajudar o próximo. Uma pesquisa publicada no American Journal of Preventive Medicine mostra que a prática do voluntariado consegue trazer benefícios à saúde. Ou seja, é comprovado que fazer o bem faz bem.

Em todos os lugares é possível identificar boas ações. Curitiba, por exemplo, é uma cidade recheada de iniciativas sociais e, hoje, você vai conhecer algumas delas!  

Conhecimento é poder

A advogada Viviane Vicentin sempre trabalhou na área criminal, e estava frequentemente envolvida em projetos sociais. Durante a pandemia da Covid-19, deu início ao projeto Elos Invisíveis , uma iniciativa que leva educação em direitos para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Viviane comenta a importância do conhecimento para a transformação de realidades. “Nós queremos empoderar as pessoas, para que elas busquem e garantam seus direitos.”

O grupo atua em comunidades carentes de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, fazendo estudos e diagnósticos, e desenvolvendo programas como o de inserção de jovens no mercado de trabalho, combate à fome, combate à violência doméstica e pobreza menstrual, enfrentamento ao abuso e exploração sexual infantil, montagem de clubes de leitura e oficinas de fotografias.  

O projeto Elos Invisíveis foi idealizado pela advogada Viviane Vicentin, e empodera as pessoas sobre seus direitos. Foto: Divulgação/ Elos Invisíveis

Atualmente, essas são algumas das campanhas do Elos Invisíveis: Códigos do Amanhã (focado na empregabilidade), Campanha em prol da saúde da mulher (projeto em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná para o combate à pobreza menstrual e violência doméstica) e Beauty Day (projeto com o objetivo de incentivar a adoção). O grupo também está desenvolvendo uma campanha de páscoa. 

Como ajudar?

Existem diferentes formas de ajudar a iniciativa. A divulgação, o voluntariado e o apoio de empresas são alguns dos exemplos. Para mais informações, é possível entrar em contato pelo telefone (41) 99623-4038 ou site (https://www.elosinvisiveis.com.br/ ) do grupo.

Tudo começou em dança

O Instituto Incanto, idealizado pela publicitária Camila Casagrande, oferece aulas de música às crianças. | Foto: Divulgação/ Instituto Incanto

Na época em que frequentava a escola, a publicitária Camila Casagrande dava aulas de dança. Depois de um tempo, seus próprios alunos começaram a dar aulas também e, assim, o projeto foi crescendo. A trajetória na dança foi como uma ‘semente’, que floresceu e virou o Incanto – Instituto de Cultura, Arte e Novas Tecnologias, lançado oficialmente em Curitiba em 2017.

O Incanto tem o objetivo de transformar a vida de crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade social, por meio da arte e da cultura. A Organização não governamental (ONG) oferece aulas de dança, teatro, música, circo, artes visuais e tecnologia. “Nós trabalhamos com a criança de forma integrada”, pontua a presidente do instituto, Camila Casagrande.

O Incanto participou de um programa de aceleração de ONGs da Rede Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social, que contribuiu para o crescimento da organização. Para além das atividades no Centro Cultura, o Incanto também trabalha com vários parceiros e projetos, criando uma verdadeira rede de transformação.

Como ajudar?

Existem várias formas de ajudar o Incanto, e o voluntariado é uma delas. A Presidente da ONG, Camila Casagrande, comenta que frequentemente o instituto precisa de professores voluntários das mais diversas áreas. Também é possível realizar doações financeiras ou materiais para a organização. Veja mais formas de ajudar clicando aqui.

Conectar com propósito 

A professora Ana Zattar reaproveita materiais em busca de mais sustentabilidade. Na foto, ela está segurando uma bolsa feita a partir de uma calça jeans. | Foto: Divulgação/ Cata Comigo

A professora e empreendedora Ana Zattar, criadora do projeto ‘Cata Comigo’, já trabalhava com ações ligadas ao meio ambiente quando começou a procurar na internet alguma lista que reunisse boas ações relacionadas à área. Como não encontrou o que procurava, decidiu criar sua própria lista, e publicou as informações na rede social no final de 2018, com o título ‘Resoluções Sustentáveis Para Um Ano Realmente Novo’. No final de 2019, Ana atualizou a lista e publicou novamente e, dessa vez, o post viralizou. Assim, seu projeto foi ganhando mais forma e visibilidade. 

As pessoas se interessavam e entravam em contato e, aos poucos, a professora foi criando uma rede de conexão entre os usuários e a sustentabilidade – tratando o assunto de forma descomplicada. “O mundo está como está por um grande problema de logística. Existem as coisas que estão sendo feitas, e existem as pessoas que querem doar seu tempo, mas não sabem onde.”, pontua Ana. 

O Cata Comigo, então, se transformou em uma grande rede de contato e informações ligadas ao meio ambiente. A professora também atua em diferentes causas e frentes, sendo uma das principais a causa animal. 

Como ajudar?

As pessoas podem ajudar a Cata Comigo seguindo as redes sociais (@ana_cata_comigo no Instagram), acompanhando a coluna ‘Cata Comigo’, na Tribuna do Paraná, comprando produtos nos bazares que são realizados, divulgando os programas e projetos e, é claro, criando hábitos mais sustentáveis e saudáveis. Quem quiser, também pode entrar em contato com a Ana pelo Instagram (@ana_cata_comigo).  

Uma ‘legião de anjos’

A professora Marta Luchesa e seu grupo de amigos cuidam e oferecem suporte para duas famílias. Foto: Unsplash

A professora de inglês Marta Luchesa vem de uma família que sempre gostou de ajudar. Seus avós estavam frequentemente envolvidos em projetos sociais, e essa vontade de fazer a diferença no mundo foi passada de geração para geração. “Quando eu era pequena, montei uma escolinha para cuidar das crianças da região. E esse carinho pelo voluntariado só aumentou.”

Em 2019, Marta colaborou com a reforma da casa de uma família realizando campanhas. A história daquelas pessoas a tocou em vários sentidos, e ela sentiu que precisava ajudar. Decidiu, então, prestar auxílios contínuos a eles. Por conhecer muita gente e ter certa facilidade em conectar e engajar, a professora juntou um grupo de amigos comprometidos a cuidar e amparar a família. Nasceu, assim, uma rede de amor, conhecida por alguns como a ‘legião de anjos’.

Depois de um tempo, outra história cruzou os caminhos de Marta. Dessa vez, era uma família que precisava de ajuda com o tratamento médico de uma criança. Eles também foram acolhidos pelo grupo de amor da professora. 

Atualmente, a ‘legião de anjos’ cuida dessas duas famílias em vários sentidos – financeiramente, com doações e nas mais diversas necessidades que apresentam. “Cuidamos integralmente da família, não é só uma ajuda e ponto, nós acompanhamos eles frequentemente e oferecemos suporte. Estamos em contato e, tudo que precisam, avisam a gente”, comenta Marta.

Como ajudar?

A ‘legião de anjos’ que a professora Marta lidera não é uma ONG, eles trabalham de forma independente, dentro do próprio grupo. As pessoas que desejam ajudar o projeto de algum modo, podem entrar em contato diretamente com a Marta, pelo Instagram @martaluchesa.

Olhar para o próximo com carinho

A assistente social Fátima Silvério e um grupo de voluntários coletam frutas e verduras no banco de alimentos do Ceasa. | Foto: Divulgação/ Instituto Atos de Amor

A casa da assistente social Fátima Silvério sempre foi um lugar de apoio e suporte. Ela e a família costumavam acolher pessoas que chegavam em Curitiba para realizar tratamentos médicos. Fátima mora no Caiuá, em Curitiba, e sempre teve um grande envolvimento com a região. Atualmente, trabalha com um vereador que presta auxílios ao bairro, mas, para além desse serviço, a assistente social tem vários projetos independentes que caminham lado a lado. O ‘Instituto Atos de Amor’, fundado por ela, é um desses projetos, que está no processo para se tornar formalmente uma ONG.  

Há dois anos, Fátima e outros voluntários realizam uma ação de entrega de frutas e verduras – os alimentos são doados pelo banco do Ceasa – PR. Nas sextas-feiras e nos sábados, o grupo distribui os itens para cerca de 70 famílias. Além disso, eles também cadastram as famílias e tentam atender as demandas de materiais escolares e cestas básicas. 

Fátima comenta que não consegue viver sem fazer isso, e gosta muito de estar envolvida em diversos projetos e ações. “A gente não faz um trabalho social sem ‘braço’, tudo é muito interligado. Você começa com um serviço e, de repente, aquilo toma uma dimensão maior que ajuda ainda mais pessoas.”

Como ajudar?

Para o futuro, Fátima pretende criar uma casa de apoio que possa dar suporte às mais diversas necessidades. No momento, ela e o grupo estão em busca de pessoas que possam ajudar com algo para a Páscoa – cestas básicas ou outros itens. É possível entrar em contato com a Fátima pelo telefone (41) 997938982.

Ajuda por todos os meios

Visita da equipe do Jacomar ao Pequeno Cotolengo. | Foto: Divulgação/ Jacomar

As mudanças no mundo podem ser feitas tanto pelas pessoas, individualmente ou em grupo, quanto pelas empresas. A rede de supermercados Jacomar, por exemplo, tem atuação nos aspectos ambientais e sociais. Visando contribuir para a sustentabilidade do planeta, o grupo tem diversas atitudes, como a utilização de sacolas biodegradáveis, o recolhimento de óleo e lâmpadas usadas nas lojas, e o estímulo à eficiência energética nos estabelecimentos. 

Em relação às questões sociais, o Jacomar realiza doações frequentes para instituições próximas às regiões onde têm lojas, criando um senso de comunidade. A empresa também é parceira do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo e abriu espaços para que a instituição pudesse divulgar formas de ajuda. A campanha ‘Troco Solidário’, é um dos exemplos. Na ação, os clientes depositam o troco da compra ou outros valores em urnas deixadas nos caixas dos mercados.

A verba arrecadada é especialmente destinada à instituição para a aquisição das dietas especiais para aproximadamente 200 assistidos, que apresentam restrições alimentares ou se alimentam apenas via enteral, com auxílio de sondas.

Quer começar a fazer o bem? Vem cá que a gente te ajuda!

Conversamos com todas essas pessoas envolvidas em projetos e ações que impactam positivamente a sociedade e perguntamos: por onde começar a fazer o bem? Reunimos as respostas e trouxemos aqui para você ficar sabendo. Confira as dicas!

Não espere o ‘momento perfeito’

Muitas pessoas não começam a trabalhar em ações sociais porque estão esperando o ‘momento certo’. Mas, na verdade, esse ‘momento certo’ não existe, e é importante começar agora com as ferramentas disponíveis agora. 

Comece em casa

O mundo está melhor graças aos pequenos projetos, toda ajuda é importante. Organizar roupas e materiais que você tem em casa para a doação já é um ótimo passo para ajudar quem precisa.

Procure lugares

Sempre existem instituições, igrejas, comunidades e bairros precisando de ajuda. Ingressar em grupos voluntários desses locais pode ser uma forma de começar.

Entenda o seu objetivo

Descobrir uma área que você se identifica é fundamental. Se você gosta de crianças, por exemplo, pode pesquisar projetos e organizações que trabalham com esse público. Dessa forma, você direciona seu foco e consegue ajudar. 

Antes de tudo, seja humano

A humanidade é uma característica essencial para quem quer ajudar as pessoas. Sentir a dor do outro, ter empatia e entender o lado humano das situações é o que faz a diferença na transformação de vidas e realidades.

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