O trajeto entre Curitiba e Ponta Grossa, nos Campos Gerais, é uma rota turística completa para quem precisa de um final de semana ou feriado para recarregar as energias em contato com a natureza. Com opções de turismo rural e gastronômico perto da capital, a BR-277, no sentido interior, é o caminho de uma série de atrações para um “bate e volta” de carro ou alguns dias de sossego. Mais do que a oportunidade de respirar ar puro e aproveitar as paisagens surpreendentes, os roteiros são verdadeiras aulas de história sobre a imigração no Paraná. Conheça algumas destas atrações turísticas:

Parque Histórico de Carambeí

Parque Histórico de Carambeí tem museu interativo e atrações gastronômicas. Foto: Divulgação

Um dos maiores museus a céu aberto do país, o Parque Histórico de Carambeí fica a 170 km de Curitiba, tem 100 mil metros quadrados e atividades voltadas à preservação da memória dos imigrantes holandeses.

O complexo de museus com alas integradas lembra as estruturas dos ecomuseus dos países escandinavos. Os espaços reproduzem o estilo de vida do colono do início do século XX. Esse cotidiano é mostrado de forma interativa, com a encenação da rotina dos imigrantes holandeses que chegaram a Carambeí entre 1930 e 1950. Assistindo à movimentação de pessoas fazendo pães, cuidando dos animais, esperando o trem ou visitando a igreja, o visitante embarca em uma verdadeira viagem no tempo.

Como chegar?

O acesso é pela PR-151, sentido Carambeí/Castro. É só pegar a BR-277 sentido interior e seguir pela BR-376 até passar Ponta Grossa. Entrando em Carambeí, é preciso fazer a conversão à direita e passar por baixo da rodovia. Abre de terça a sexta das 11h às 18h. Sábados e domingos, das 11h às 18h30.

Informações: www.aphc.com.br

Ingressos: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia).

Telefone: (42) 3231-5063

Colônias Polonesas em Campo Largo

Rota das Colônias Polonesas conta com dez atrações. Foto: Divulgação/Paraná Turismo

No verão, Campo Largo atrai visitantes para a Estância Ouro Fino, parques aquáticos e pesque-pague. Nos meses mais frios, é o destino de quem quer contato com a natureza, a vida no campo e a cultura dos imigrantes poloneses. Além das fábricas e lojas de cerâmica e porcelana, a “Capital da Louça” preserva costumes, a agricultura familiar, o artesanato e a rica culinária dos imigrantes nas Colônias Polonesas. A rota inclui dez espaços, entre chácaras, restaurantes (como o Nova Polska), igrejas e lavouras, além do Museu da Etnia Polonesa, na Colônia Dom Pedro II. Nas chácaras, é possível provar várias delícias da gastronomia típica polonesa em almoços e café rural.

A rota pode ser conhecida de uma só vez em uma caminhada de 10 quilômetros que acontece anualmente: a Caminhada Internacional da Natureza, que, neste ano, está marcada para o dia 14 de outubro.

Como chegar?

A Rota das Colônias Polonesas tem acesso fácil pela BR-277 no sentido interior, nos quilômetros 105 – perto da metalúrgica Gans – e 110, próximo à Indústria Metalin.

São Luiz do Purunã

Pousadas oferecem cavalgadas e aulas de hipismo. Foto: Divulgação

Distrito do município de Balsa Nova, São Luiz do Purunã está dentro de uma Área de Preservação Ambiental e a paisagem é um dos principais atrativos. As pousadas oferecem “day use”, para almoçar e passar o dia nos espaços de lazer, como quadras esportivas, churrasqueiras, salas de jogos e piscinas. Para hospedagem, há opções de spas, com serviços de massagem, piscinas aquecidas e ofurô. A região tem a tradição das cavalgadas. Restaurantes e hotéis servem costela fogo de chão, culinária campeira, culinária tropeira e pratos à base de pinhão. Também há rapel, escalada, trilhas off-road, cicloturismo e pesca esportiva.

POUSADAS

Pousada Varshana

Hotel Fazenda Cainã  

Pousada Pontarola

Pousada Parque São Luiz do Purunã 

Confraria Pousada and Brew Pub

RESTAURANTE COM CAVALGADA

Rancho Ventania

Como chegar?

O acesso é pela BR-277, a cerca de 50 km de Curitiba. O portal está à direita depois do primeiro pedágio. Confira o mapa!

Colônia Witmarsum

Museu preserva acervo com móveis, roupas, fotos e equipamentos dos colonos. Foto: Rodolfo Buhrer

Fundada por imigrantes germano-russos na década de 1950, a Colônia Witmarsum até hoje está dividida em aldeias. A 60 quilômetros de Curitiba, é uma gostosa viagem ao passado. A paisagem de casas no estilo germânico com jardins floridos e bem cuidados começa logo que o visitante passa pela placa de boas-vindas. Localizada em  Palmeira, nos Campos Gerais, a colônia é uma importante produtora de leite e queijos finos. Pousadas, restaurantes e confeitarias oferecem delícias da culinária do campo. Entre as atrações, cavalgadas, passeios de pônei e de trator.

Pousadas e confeitarias servem um farto café colonial. E os restaurantes oferecem pratos alemães feitos em fogão à lenha. As lojas de artesanato e a feira do produtor, aos sábados, são opções para levar pães, geleias, bolachas caseiras e conservas produzidas por agricultores familiares.

No Museu Witmarsum, os visitantes ouvem o relato histórico da fundação da colônia. O museu preserva um acervo com móveis, roupas antigas, fotos e equipamentos usados pelos menonitas. No comércio local, é possível encontrar moradores que ainda conversam em alemão ou no dialeto plattdeutsch.

Mais informações pelo site da prefeitura de Palmeira.

POUSADAS

Pousada Katarina 

Pousada Campos Gerais 

Pousada Bela Vista 

ARTESANATO

Toll Brasil

Artesanato de Witmarsum

Witmalhas

ALMOÇO

Bauernhaus

Frutilhas Lowen

Bela Vista

CAFÉ COLONIAL

Confeitaria Kliewer

Sabores da Colônia

Edits Kaffee Hof

MUSEU

Funciona sábadodomingo e feriados, 14h às 17h. Se quiser ser atendido durante a semana faça seu agendamento pelos telefones(42) 3254-1347  e (42) 8411-2895.  Entrada: R$ 5.

TRACKTUR

Tour de trator que leva você pelas plantações até o rio com parada para banho. Custa R$ 25 por pessoa. Agende pelo telefone (42) 3254-1152.

Como chegar?

Pegue a BR-277 em direção a Ponta Grossa. Na altura do km 146 (depois do pedágio) você terá que se manter à esquerda para fazer um pequeno retorno (voltando a Curitiba). A entrada para a colônia está logo após este retorno. Há placas indicativas.

Parque Estadual de Vila Velha

Arenito em forma de “taça” é cartão-postal do Parque de Vila Velha. Foto: Gian Hirano

Criado em 1953 para preservar as formações de arenito e os campos nativos do Paraná, o Parque Estadual de Vila Velha é o principal atrativo natural de Ponta Grossa, com mais de 3 mil hectares. Os arenitos, que são formações rochosas esculpidas durante 600 milhões de anos pela ação do vento e da chuva, são cartão-postal e símbolo do parque. As esculturas naturais lembram objetos, como taça, camelo e índio. As visitas são monitoradas.

Turistas também têm acesso a Furnas, uma formação de crateras de 100 metros de profundidade, com vegetação exuberante e água no interior, além da Lagoa Dourada, que tem esse nome por causa da cor alaranjada no pôr do sol. A lagoa tem a mesma origem de furnas e é um local importante para a reprodução de peixes, como a traíra, o bagre e a tubarana. O parque abriga várias espécies ameaçadas de extinção, como o bugio-ruivo, o tamanduá-bandeira, a jaguatirica, o lobo-guará e aves, como o papagaio-de-peito-roxo.

Como chegar?

O acesso é pela BR-376, continuação da BR-277, na altura de Ponta Grossa, a cerca de 90 quilômetros de Curitiba.

Abre às sextas, sábados, domingos e feriados, das 8h30 às 17h30.

Entrada: R$ 18 (Furnas, Arenitos e Lagoa Dourada), R$ 8 (Furnas e Lagoa Dourada), R$ 10 (Arenitos). Estudantes com carteirinha pagam meia.

Mais informações pelo site da prefeitura de Ponta Grossa

Artéria do Paraná é uma série especial que mostra a importância da infraestrutura rodoviária para o desenvolvimento do país.