Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, Youtube e Snapchat. Com a popularização destas e de outras redes sociais, hoje, já não basta investir em um bom curso, aprender um novo idioma, ler e estar por dentro dos acontecimentos. Para ter sucesso e se destacar entre os concorrentes em uma seleção para uma vaga de trabalho, os profissionais também precisam cuidar da imagem pessoal que mantêm na internet. Isso porque, cada vez mais, os recrutadores pesquisam nas redes sobre a vida e hábitos dos candidatos.
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“Digitar o nome do candidato no Google tem sido o primeiro movimento feito pelos profissionais de recursos humanos das empresas. Eles também avaliam o histórico das postagens, o que foi compartilhado e até o horário em que foram postadas, se durante trabalho, no caso de quem está empregado e procurando outra vaga. Além disto, publicar muitas fotos com bebidas, por exemplo, pode trazer dúvidas se esta pessoa vai chegar bem na segunda-feira para trabalhar, influenciando uma possível contratação”, explica a coach de carreira Adriana Ferrareto.
Segundo ela, outro hábito que tem impacto negativo junto aos recrutadores é o de utilizar as redes para ficar se lamentando. “Este não é o ambiente para lamúrias ou para fazer terapia em grupo, até porque as pessoas não estão preparadas para dar conselhos. O ideal é usar a rede social a seu favor, tendo cuidado e responsabilidade com as fotos e com o conteúdo que é postado, evitando polêmicas. As pessoas colocam muitas coisas nas redes sociais sobre suas vidas, ficando expostas. E não precisa ser assim: é possível deixar a rede privada, é uma questão de discernimento”.
Para ter uma boa imagem, entre as dicas dadas pela coach estão produzir conteúdo relevante, como artigos que estejam de acordo com sua área de atuação, para que as pessoas saibam o que você pensa. “Você pode usar o Facebook ou Instagram com equilíbrio, postando informações que possam ajudar as pessoas e promover conhecimento. Mas em qualquer das redes sociais, publique pensando sobre a perspectiva do outro, com foco no que as pessoas gostariam de visualizar”, orienta a especialista.
Com bom senso
Para a professora e coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da FAE Centro Universitário, Elaine Pacheco, quem tem rede social, seja ela qual for, optou em se expor. “Como já existe uma exposição, é necessário cuidar para não prejudicar a imagem pessoal. Para quem busca trabalho o melhor é manter um perfil em uma rede social de uso profissional, como o LinkedIn, que possibilita o contato com outros profissionais e empresas”.
Ela ainda explica que nas redes sociais pessoais os recrutadores também acabam vendo o que postamos, mesmo que esse não seja o objetivo das postagens. “Por isso, feche sua rede social, não deixe aberta ou mantenha neste perfil apenas amigos e parentes, sem colegas de trabalho e outros contatos. Ou crie um perfil de uso profissional, que pode ser feito até no Facebook. O que postamos é como uma tatuagem, não some mais da internet”.
Para não ter problemas, segundo a professora, o profissional deve seguir nas redes sociais a mesma postura que tem no mundo real, só que com ainda mais cuidado. “Não se expor é impossível, mas é preciso tercuidado, mais do que no nosso dia a dia. Se tiver dúvidas, entre no Google, digite seu nome e procure também em imagens. Assim, você verá o que as pessoas saberão de você no primeiro instante”, pontua.
O QUE VOCÊ POSTA?
PEGA BEM
-Utilizar uma foto de perfil neutra e de aparência profissional
-Publicar fotos em atividades relevantes e positivo, como em trabalhos voluntários
–Ter perfil de uso profissional, especialmente no LinkedIn
-Escrever artigos ou, no caso de estudantes, publicar trabalhos com boas avaliações
– Fotos com familiares e em festas são permitidas, dede que eventualmente e sem mostrar atitudes comprometedoras
PEGA MAL
– Fotos com bebida
– Fotos em trajes de banho
– Falar mal da empresa anterior, ex-chefes e colegas
– Ficar reclamando da vida
– Se envolver em polêmicas em assuntos como religião, esporte e política
– Participar de grupos com opiniões radicais ou ofensivas
– Ter publicações com erros de português