As pesquisas comprovam: um profissional com curso técnico e pronto para o mercado de trabalho dificilmente fica sem emprego. Dados divulgados pelo Ibope, a pedido da Confederação Nacional da Indústria, revelam que 72% dos alunos formados em cursos técnicos estão conseguindo emprego já no primeiro ano após a conclusão do curso.

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Um estudo da empresa de recursos humanos Manpower apontou que 43% das empresas brasileiras têm dificuldade para atrair profissionais qualificados, com escassez de mão de obra mais forte nas funções que exigem nível técnico, principalmente nos cargos de produção, operações e manutenção.

O Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, elaborado pelo Senai, revela que o Brasil terá de qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico e de qualificação a partir do ano que vem, até 2020.

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Alta procura

Para Tiago Reis, sócio do centro de ensino técnico Grau Técnico, a demanda por profissionais é crescente e, por consequência, a busca por qualificação. “O curso técnico é considerado um curso rápido, que vai de um ano e meio a dois e, além disso, a pessoa pode fazer enquanto está empregada. Oferecemos aulas três vezes por semana e que duram quatro horas por dia. Mesmo quem trabalha em um período, consegue ampliar sua capacitação em um horário vago”, detalha.

No centro de ensino gerenciado por Reis, a procura maior, em Curitiba, é pelos cursos de administração e de enfermagem. “Administração porque é algo muito amplo, quem se habilita nessa área, pode atuar em diferentes lugares gestão de recursos humanos, materiais, financeiros, mercadológicos e da informação.

Já a oferta de enfermagem também conta com muita gente interessada, porque a área de saúde está em grande expansão. Este profissional vai atuar na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação de pacientes em todas as faixas etárias, presta assistência de enfermagem a pacientes clínicos e cirúrgicos”, relata.

Em muitos cursos, a “sala de aula” segue os moldes do ambiente de trabalho, com laboratórios das mais diversas áreas. “Organizamos também visitas periódicas a empresas parceiras, para que os alunos conheçam a realidade do mercado e tenham contato direto com os profissionais”, destaca Reis.

Oportunidades

Cursos técnicos com maior empregabilidade:

– Eletrotécnica: 9 em cada 10 formados
– Segurança do Trabalho: 9 em cada 10 formados
– Eletrônica: 8 em cada 10 formados
– Mecânica: 8 em cada 10 formados
– Secretariado: 8 em cada 10 formados
– Açúcar e álcool: 8 em cada 10 formados
– Edificações: 8 em cada 10 formados
– Enfermagem: 8 em cada 10 formados
– Logística: 8 em cada 10 formados
– Administração: 7 em cada 10 formados

Áreas que mais vão demandar formação profissional até 2020:

– Construção: 3,8 milhões
– Meio Ambiente e Produção; 2,4 milhões
– Metal-mecânica: 1,7 milhão
– Alimentos: 1,2 milhão
– Vestuário e Calçados: 974.592
– Tecnologias da Informação e Comunicação: 611.241
– Energia: 661.619
– Veículos: 435.742
– Petroquímica e Química: 327.629
– Madeira e Móveis: 258.570

Fonte: CNI/Ibope e Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020