Os microempreendedores podem se inscrever gratuitamente em cursos oferecidos pela Agência Curitiba de Desenvolvimento sobre economia e negócios para se capacitar e receber orientação sobre como atuar no mercado formal. A ideia é estimular a evolução e desburocratizar as micro e pequenas empresas da cidade, que representam mais de 90% dos estabelecimentos formais no Paraná, de acordo com o Sebrae/PR. São cursos rápidos, com duração de três horas, e com o limite de 30 pessoas por turma. A situação de Jorge e Taciane evoluiu em relação ao que foi mostrado pela Tribuna em 2015. Relembre!.
O empresário Jorge Luiz dos Santos participou de uma das capacitações junto com a esposa Taciane Caroline de Araújo e, com o aprendizado adquirido em uma das aulas, conseguiu driblar uma crise pela qual a empresa do casal passou, no começo do ano. A companhia de polimento de automóveis possui uma carteira de clientes que vai desde donos de carros de luxo a grandes concessionárias, mas viu os serviços reduzirem em cerca de 30%, a partir de janeiro de 2016. “Começamos, então a oferecer cortesias, descontos e pacotes de serviços extras para conseguir retomar os lucros. Essas dicas foram passadas para nós há dois anos, quando fizemos o curso da Agência”, relata Taciane.
Após adotar a estratégia, a empresa voltou a lucrar poucos meses depois. Hoje, o negócio atende cerca de seis carros particulares por semana, sem contar os atendimentos a concessionárias. “No curso, a gente também aprendeu sobre como divulgar o serviço e abordar nossos clientes. Outra vantagem foi que tivemos a chance de trocar experiências com mais 20 microempreendedores que participaram do curso”, afirma Jorge.
Procura
Somente neste ano, os Espaços do Empreendedor instalados pela Prefeitura capacitaram 87 mil empresários, totalizando mais de 216 mil atendimentos desde a fundação, em 2013. São mais de 10 cursos oferecidos semestralmente. Eles ensinam, por exemplo, como deve ser calculado o preço de um produto ou serviço e até preencher uma nota fiscal. “O curso de gestão financeira é o mais procurado, já que ela é o item mais importante para esse nível de empreendimento. No início, o empreendedor costuma misturar os recursos financeiros pessoais dos da empresa e isso atrapalha o negócio, além de impedir identificar se ele está ou não tendo lucro”, comenta a presidente da Agência Curitiba, Gina Paladino.