Em um mercado de trabalho cada vez mais disputado, mais qualificado e com um número crescente de candidatos, é importante que haja sempre aquele “algo a mais”. Um diferencial que pode fazer você – seja candidato ou já um empregado, se destacar na profissão.
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Ter uma segunda língua (e ser fluente) pode lhe trazer benefícios no emprego e até mesmo melhorar o seu rendimento financeiro.
Para a coach e colunista de carreira da Tribuna, Andrea Montrucchio, não basta ter conhecimento da língua estrangeira se não houver domínio da linguagem. “De nada adianta ter um curso de idioma no currículo e não saber interpretar um texto, escrever um e-mail e ter a segurança para tentar se comunicar em outra língua no dia-a-dia”.
Com a globalização no mundo empresarial, a necessidade fica ainda mais evidente. “O inglês já é mandatório e praticamente estamos na necessidade de desenvolver um terceiro idioma, devido à globalização dos serviços e migração de diversas áreas a países como Índia e Tailândia, onde a mão-de-obra é mais barata e o inglês, por exemplo, é a língua para se comunicar com estas equipes de forma remota. No cenário atual existe muita interligação com outros países e quem não está disposto a entender e se comunicar com outras culturas está com os dias contados dentro das empresas que trabalham com o exterior”, alerta a especialista.
Para ela, as opções de cursos gratuitos não são amplamente abertas ao público. Por isso, vale buscar boas referências e até mesmo comparar preços. “Muitas universidades disponibilizam cursos para alunos e comunidade com preços mais acessíveis do que os praticados escolas de idiomas particulares. Mas também se pode praticar um segundo idioma através de leitura, pesquisas online de exercícios de gramática, assistir filmes com legenda em inglês ou outro idioma, configurar o celular ou computador em outro idioma. Até mesmo escutar músicas estrangeiras acaba ajudando”, garante Andrea.
Reflete no salário
Ser fluente em inglês pode elevar o seu salário. Uma pesquisa da Catho aponta que um profissional em um cargo de coordenação, por exemplo, ganha 61% mais do que uma pessoa na mesma função, mas que tem apenas o conhecimento básico da língua. Já em cargos de diretoria, por exemplo, a diferença entre um profissional fluente e outro que não tenha fluência é de 42% na folha de pagamento. Para os cargos de gerência, a variação é de 57%. Para os de supervisão, em média, 43%.
O estudo, que faz parte da 52ª edição da Pesquisa Salarial, revela que, quanto mais alto o nível hierárquico, maior o percentual de pessoas que dominam o idioma. Segundo a Catho, dominar o espanhol também impacta na remuneração dos trabalhadores brasileiros. Um trabalhador fluente na língua espanhola pode ganhar até 54% a mais do que um que tenha apenas o conhecimento superficial.