Quando era piá, o tecnólogo em logística Luíz Demetrio Mandu Kuiaski acreditava piamente que a Praça 29 de Março, no Bairro Mercês, era dele. Isso porque o nome da praça leva a data de seu aniversário. Luiz completa 38 anos na próxima quarta-feira, junto com a cidade aonde nasceu e vive. “Achava que a praça era minha. Brinquei muito lá”, justifica.
Morador do bairro até quatro anos atrás, Luiz é o filho do meio do casal Fernando Augusto Mandu, hoje aposentado da Copel e da dona de casa Maria de Lourdes Kuiaski. “Fui o mimado da turma”, brinca. Daqueles tempos guarda as lembranças das brincadeiras e de um bairro tranquilo, que com o passar do tempo foi crescendo.
Luiz é casado com a assessora parlamentar Aline Esteves de Castro, mas ainda não tem filhos. Envolvido com o trabalho, hoje é o responsável pela coordenação de operação do e-commerce do Clube do Malte. Ele também é formado em marketing e propaganda e levou sua experiência para a empresa, pioneira em criar um clube para os aficionados por cerveja.
“A loja daqui foi a primeira loja conceito da marca”, observa. Hoje já são duas unidades na cidade. O curioso é que Luiz não bebe. “Por isso mesmo que ocupo o cargo”, diverte-se. A loja une bar, restaurante e um empório, onde além de apreciar várias cervejas brasileiras e mundiais, a gastronomia foi elaborada para harmonizar com as bebidas.
Bairros do coração
Luiz afirma ser um “leite quente” de raiz. “Não consigo me imaginar morando em outro lugar”, afirma. De acordo com ele, o que o atrai na cidade, principalmente, é o clima. “Pode notar, todas as conversas na cidade giram em torno do tempo”, observa.
Atualmente, ele mora no bairro Rebouças, outro bairro de seu coração, já que abriga o estádio e o time para quem torce, o Atlético. “Não perco um jogo”, garante. Luiz destaca que o bairro reúne tudo o que ele aprecia. “Tem bares e restaurantes ótimos. Eu e minha esposa gostamos de passear nos shoppings, comer nas churrascarias e andar nas praças. É um lugar agradável para se viver”, garante.
Sem filhos, ele gosta mesmo é de reunir os amigos em casa, para comer e beber. “E graças a Deus tenho muitos deles”. Na próxima quarta-feira, certeza eles estarem juntos, comemorando.
História dos bairros
O bairro Rebouças recebe esse nome em homenagem aos irmãos e engenheiros Antonio Pereira Rebouças Filho e André Rebouças que construíram a ferrovia que liga Curitiba a Paranaguá. O bairro está historicamente ligado à industrialização da cidade, pois até a criação da CIC., no início da década de 1970, era ali o “antigo” setor industrial, com as principais industrias de Curitiba, tais como: Mate Leão, Matte Real, Swedish Match (antiga Fiat Lux), Ambev (antiga fábrica da Brahma), entre outras.
Já o bairro Mercês vem de uma palavra originária do latim e significa graça, benefício ou proteção. A escolha desta palavra para ser o nome do bairro vem da religiosidade de seus moradores. No século passado seus habitantes faziam procissões em devoção à Nossa Senhora das Mercês. No século XVIII o lugar era denominado de Quateirão das Mercês ou Quateirão da Senhora das Mercês, mas também abrangia parte do que hoje são os bairros Vista Alegre e Bigorrilho.
Por volta de 1920, chegaram ao bairro os frades capuchinos Frei Ricardo e Frei Timóteo, procedentes de Veneza, na Itália. Com a chegada dos frades capuchinos a devoção a Nossa Senhora da Mercês aumentou. Em 28 de junho de 1926 começou a construção da Igreja das Mercês, terminada em 1929.