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Estágio

Mito ou verdade: Estágio bem remunerado é certeza de carreira profissional de sucesso?

2 minutos de leitura
Alex Silveira
Por Alex Silveira
17/11/2021 11:18 - Atualizado: 17/11/2021 11:19
Para Rhanna, a oportunidade de trabalhar na área traz experiência e a chance de experimentar as variações de atividades profissionais. Foto: Arquivo Pessoal.
Para Rhanna, a oportunidade de trabalhar na área traz experiência e a chance de experimentar as variações de atividades profissionais. Foto: Arquivo Pessoal.

Administração, Marketing, Comunicação Organizacional e Pedagogia são as áreas com maior número de vagas de estágio no Paraná. No estado estão abertas mais de 3,8 mil vagas de estágio, segundo levantamento do Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR).

Considerando todas as áreas, somente em Curitiba e região metropolitana são registradas mais de 1,9 mil vagas de estágio. As oportunidades são voltadas para estudantes com mais de 16 anos e matriculados em uma instituição de ensino. Muitos deles, aliás, correm atrás das vagas para pegar experiência e tentar garantir um futuro na profissão. E também para ter uma renda durante os estudos e depois de se formarem.

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Falando em renda, ela também é um fator de escolha para preenchimento das vagas de estágio, ou seja, o candidato às vezes opta por uma empresa que oferece uma bolsa auxílio de valor mais alto. Mas será mito ou verdade que um estágio que paga um valor de bolsa auxílio melhor é garantia de uma boa carreira, é reflexo de salários mais altos lá na frente? Não há uma resposta direta para esta pergunta, mas uma orientação de carreira que leva alguns fatores extra-renda em consideração.

Segundo a coordenadora da Central de Atendimento ao Estudante do CIEE/PR, Fernanda Ortiz, se tornar um bom profissional – e até ser bem remunerado – é algo mais complexo do que só pensar na bolsa auxílio. “A lei de estágio não especifica valores mínimos e máximos de bolsa auxílio, ou seja, não há um valor determinado para as bolsas. As empresas oferecem a bolsa e o transporte. Nos casos em que o estágio é obrigatório, a lei desobriga o pagamento de bolsa”, explica.

Levando isso em consideração, a coordenadora destaca que, no CIEE/PR, por exemplo, os futuros estagiários são orientados a dar mais ênfase para a área de atuação, na hora de se decidirem por um estágio. “O interessante é buscar a vaga pelo aprendizado, pela prática, para trocar conhecimento fora de sala de aula. Nem tanto pela remuneração, mas pelo desejo de carreira”, aponta a Fernanda Ortiz.

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Outros fatores a se pensar é o horário de estágio, distância da empresa, setor de atividade e área de interesse, pois o período máximo para o estágio é de dois anos na mesma empresa. “Depois, ele pode tentar outro estágio, em outra empresa. Por isso, o foco na experiência e aprendizado ganham importância. O estagiário vai absorvendo as culturas de cada empresa, aprendendo a se desenvolver profissionalmente, construindo relacionamentos dentro do mercado de trabalho”, explica a coordenadora. 

A boa notícia repassada pelo CIEE/PR é que, no setor privado, cerca de 50% das empresas acabam efetivando seus estagiários. “Sim, podemos trabalhar com esse número. No setor público, o qual atendemos bastante, já é diferente. Mas, no setor privado, isso ocorre muito. Em alguns casos, é o primeiro emprego da pessoa e as empresas valorizam o aprendizado dentro dos seus moldes. E perceba que isso não tem relação com o valor da bolsa auxílio”, diz.

A estudante do 6.º período de Jornalismo, Rhanna Viana Sarot, 20 anos, está em seu terceiro estágio em Curitiba. A realidade da corrida profissional dela é quase um espelho das informações do CIEE/PR. “Já estou há quatro meses neste estágio que faço na Central Press e aprendo muito”, explica. Para ela, a oportunidade de trabalhar na área traz experiência e a chance de experimentar as variações de atividades profissionais. “Claro que é importante pensar se a empresa te dará a oportunidade de efetivar. Mas a experiência nas várias áreas não têm preço. Com certeza, vai me ajudar a trilhar um caminho interessante dentro do jornalismo”, reflete a estudante.

Estudante do 6.º período de Jornalismo, Rhanna Viana Sarot, 20 anos, está em seu terceiro estágio em Curitiba. Foto: Instagram/Arquivo Pessoal

Segundo a Rhanna Sarot, mais do que pensar na bolsa auxílio, as referências da empresa em que trabalho fizeram a diferença para a escolha do estágio. “Eu participava de outros processos seletivos, mas as informações que eu tinha sobre a cultura da empresa me ajudaram a escolher. Aqui, tem uma coordenadora que entrou na empresa como estagiária. Então, você consegue visualizar um futuro, uma indicação no mercado de trabalho. Acho que o principal é isso”, finaliza.

Programa de estágio

Segundo o CIEE/PR, podem ser estagiários os estudantes com idade igual ou superior a 16 anos, regularmente matriculados e frequentando cursos do Ensino Médio, Educação Profissional de Nível Médio (pós-médio), Educação Profissional de Nível Superior (tecnologia), Educação Superior (graduação), Pós-Graduação e Educação Especial.

O estudante faz seu cadastro na área desejada e recebe as informações sobre vagas. O próprio candidato entra em contato com as empresas para detalhe sobre entrevistas. Mais informações podem ser obtidas no site do CIEE/PR.

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