Entrou em vigor ontem, depois de quase uma década de negociações, o Protocolo de Kyoto, do qual participam 130 países, visando reduzir, entre 2008 e 2012, cerca de 5,2% das emissões de gases poluentes na atmosfera, em relação aos índices registrados em 1990 e, assim, reduzir os prejuízos do temível efeito estufa.
Estados Unidos e Austrália negaram-se a assinar o tratado, mas o Brasil é um dos pioneiros no cumprimento das metas para o desenvolvimento de projetos limpos, cujo primeiro compromisso é com a qualidade de vida.
Os países industrializados são responsáveis pela maior carga de gases poluentes jogada na atmosfera, em resultado da queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, além de metano, óxido nítrico e clorofluocarbono (CFC). O fenômeno acaba contribuindo para o aumento dos índices de aquecimento global. No Brasil, o efeito mais imediato tem sido o calor excessivo e os ciclones verificados na região Sul.
O atingimento das metas propostas pelo Protocolo de Kyoto exige um esforço concentrado dos países signatários do tratado, tendo em vista que os projetos de expansão da produção industrial e agrícola, de modo especial, nem sempre deixam-se subordinar aos parâmetros de preservação do meio ambiente.
Um dos governantes reticentes quanto à assinatura do protocolo, até o final do ano passado, era o presidente Vladimir Putin. Com a decisão de subscrever o documento, o dirigente russo ajudou a remover algumas barreiras e mesmo sem a participação dos Estados Unidos, responsável pela maior descarga de gás carbônico na atmosfera, e da Austrália, o protocolo entrou em vigor.
Uma vitória dos ambientalistas sérios e dos que têm feito dessa importante causa uma bandeira de luta.