A cidade mineira de Belo Horizonte já recebeu somente neste mês de janeiro 395 notificações de casos de dengue, entre eles 20 já foram confirmados pela Secretaria Municipal. Segundo a secretaria, os casos foram registrados até segunda-feira e nenhum paciente na cidade está em estado grave.
O alto índice de casos está alertando os moradores, principalmente após as duas suspeitas de dengue hemorrágica, que pode ter causado a morte de uma pessoa. A Fundação Ezequiel Dias, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, investiga a causa da morte de um morador de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. Em Ipatinga, na mesma região, há uma adolescente de 13 anos internada com sintomas da forma mais grave da doença transmitida pelo Aedes aegypti.
Segundo o Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), dos 25 municípios que participam do relatório, oito (Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Ipatinga, Montes Claros, Sete Lagoas, Timóteo e Vespasiano) encontram-se em situação de risco de surto de dengue, com índices superiores a 3,9%.
Outras 13 cidades estão em situação de alerta, apresentando indicadores entre 1% e 3,8%; duas com situação satisfatória, com índices inferiores a 1% e duas cidades, Patos de Minas (que está em fase de conclusão) e Sabará (que não realizou o LIRAa em função da transição política) ainda não enviaram os resultados.
Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o maior índice encontrado é o de Vespasiano, com 7,7%, seguido de Belo Horizonte, com 3,9%. No interior do Estado, Governador Valadares (8,0%), Coronel Fabriciano (6,9%), Ipatinga (6,8%), Montes Claros (4,7%), Sete Lagoas (4,5%) e Timóteo (4,2%) destacam-se pelos elevados indicadores.
Mortes
De acordo com boletim da Secretaria de Saúde, no ano passado quando houve um aumento de transmissão da doença no Estado, principalmente no Vale do Jequitinhonha e Zona da Mata, entre os meses de março e maio. Foram registrados quatro mortes por dengue hemorrágica.