O vice-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), disse na quinta-feira (18) no ciclo de sabatinas promovido por Folha e UOL que reconhece o alto preço da tarifa de ônibus em Curitiba, atualmente em R$ 6, mas acredita que esse é o valor que a atual gestão consegue disponibilizar à população para custear a eficiência do sistema.

continua após a publicidade

“Nós temos uma tarifa que realmente está sendo uma das mais altas do país, porém nós temos um transporte público efetivo de qualidade e integrado com a região metropolitana”, disse Pimentel.

O pré-candidato não se comprometeu em reduzir o valor caso eleito, mas disse que “não há perspectiva de aumento no meu plano do governo”.

Segundo Pimentel, a atual administração encontrou um contrato de transporte herdado de outras gestões e que haverá uma nova oportunidade para debater o valor em 2025, com a nova licitação do transporte coletivo, oportunidade de revisar contratos. “Vamos trabalhar por uma tarifa cada vez mais justa.”

continua após a publicidade

Em relação à tarifa zero no transporte público, Pimentel disse que “não há nenhum estudo que mostre a viabilidade econômica e financeira da implantação”, mas que seria “o primeiro a implementá-la” caso a ideia se mostre exequível no futuro.

O pré-candidato confirmou que mantém conversas com o PL e pode ter como vice o ex-deputado Paulo Martins, que perdeu a disputa ao Senado em 2022 para o ex-juiz Sergio Moro.

continua após a publicidade

Se definindo de centro-direita, Pimentel definiu Martins, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como “uma grande liderança aqui em Curitiba, um nome muito respeitado, mas nós ainda estamos em conversas”.

O vice-prefeito destacou a adesão do Podemos, do senador Oriovisto Guimarães, e do Novo, partido do ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol.

“Não há possibilidade dele [Dallagnol] apoiar outro candidato, nós já temos um acordo, uma parceria”, disse. “Ele tem sido muito firme com a nossa parceria, e ter o apoio dele para mim é muito importante”

Pimentel também conta com o apoio do governador do Paraná, Ratinho Junior, e do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, as duas principais lideranças do PSD no estado que apadrinham sua candidatura.

“O prefeito Rafael Greca tem me ajudado muito na construção, está colocando todo o seu apoio, seu capital político na minha pré candidatura, e está disposto a fazer composições para que a gente mantenha essa grande estrutura de apoio de tempo de televisão.

Pimentel também minimizou os impactos da fala de Greca em uma homenagem ao ex-governador de São Paulo João Doria, quando elogiou o paulista por se opor às “trevas do mal e da morte que desvalorizavam a vida”, referenciando a expressão “gripezinha” e criticando as políticas contra a Covid-19 do governo Bolsonaro.

Pimentel afirmou que a pandemia foi um momento de “ineditismo”, que impôs um desafio a todos os gestores públicos. “Era uma forma nova de administrar, e hoje, ao olhar para trás, nós temos erros e acertos de todos os lados.”

Em relação ao governo Lula (PT), Pimentel avalia que é preciso “melhorar bastante”, e teceu críticas à política econômica. “É um governo que está faltando gerência, administração, pulso firme do presidente Lula para que ele possa trazer o controle dos juros e o controle da inflação”.

O pré-candidato também defendeu Maria Alice Erthal, presidente da FAS (Fundação de Ação Social), da acusação de maus-tratos contra crianças autistas pela instituição. “A Maria Alice tem uma história na ação social da cidade há mais de 40 anos”, disse. “É importante que seja avaliado primeiramente quem é o culpado, e quem for culpado receber sim uma punição rigorosa.”

Em temas nacionais, Pimentel disse ser contra a descriminalização da maconha e a liberação de jogos de azar.

Sobre políticas de inclusão para pessoas negras, Pimentel disse que a escravidão foi um “período muito difícil” e que a implantação de cotas raciais é “uma política pública que deu certo”, mas que é mais a favor de cotas sociais para pessoas de baixa renda.

Diego Sarza conduziu a sabatina, com participação dos jornalistas Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, e Catarina Scortecci, correspondente da Folha na capital paranaense.

Eduardo Pimentel é formado em administração. Entrou para a política em 2010, se filiando ao PSDB, e foi secretário estadual das Cidades na administração de Ratinho Júnior. Foi eleito e reeleito vice-prefeito na chapa de Rafael Greca, e agora tenta a vaga de titular da chefia do Executivo curitibano.

Além dele, outros três postulantes foram convidados. Na terça-feira (16), foi a vez do deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil). O ciclo se encerra na sexta-feira (19), também às 14h, com o terceiro sabatinado, o deputado federal Luciano Ducci (PSB).

A série de sabatinas começou por Belo Horizonte, em junho. Nas últimas semanas, os pré-candidatos de Salvador, Porto Alegre, Recife e São Paulo foram entrevistados. Ainda haverá outras com concorrentes de mais 12 cidades.

Além disso, Folha e UOL promoverão debate com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. O encontro no primeiro turno será em 30 de setembro, às 10h. Caso haja segundo turno, haverá outro em 21 de outubro, também às 10h.

Bom demais!

Restaurante tradicional de Curitiba tem cardápio recheado por apenas…

Charmoso!

Bosque secreto em bairro de Curitiba é um Oasis! Vem saber onde fica!

“Olha nossa rua”

Alô, Greca!! Vai resolver ou não?? Moradores na bronca com B.O. em bairro nobre!


RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.