O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) votou na manhã deste domingo (2) na sede da Secretaria de Saúde do Ceará na Praia de Iracema, em Fortaleza (CE), e disse que esta deve ser sua última eleição como candidato, ganhando ou perdendo.

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“Se vencer não tentarei a reeleição, trabalharei para o fim dela. Se perder, quero ajudar os jovens a pensar o Brasil. Tudo pode mudar, quero deixar registrado, mas hoje penso que é a minha última eleição, quero ficar e curtir meus filhos e netos”, disse Ciro.

Ele estava acompanhado do ex-prefeito de Fortaleza e candidato a governador do Ceará, Roberto Cláudio (PDT), e do atual prefeito da capital, José Sarto (PDT).

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Ciro também disse ainda que não mudaria nada do que foi realizado durante a campanha, reiterando que manteve seu posicionamento diante da corrida pelo Planalto.

“Parei para pensar algumas vezes durante esse trajeto se deveria mudar algo, o Brasil está estranho, o mundo está. Mas não, mantive minhas convicções e iria de novo assim”, afirmou.

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O pedetista vem sendo duramente criticado por um flerte à extrema-direita, visto em entrevistas ao programa Pânico, da Jovem Pan, emissora considerada a voz do bolsonarismo, e ao programa do podcaster e youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, desligado do Flow após defender o direito de existência de um partido nazista.

Como consequência desta guinada eleitoral, candidatos do PDT ignoraram o presidenciável nas redes sociais, com destaque para aqueles que disputam vagas no Congresso ou o governo de estados no Norte e no Nordeste.

Ciro também foi alvo de ataques quando postou, no último sábado (1º) em suas redes sociais, um pedido de voto em que usa, como imagem, uma foto em que ele aparece ao lado de Jair Bolsonaro (PL). O candidato do PDT aparece na imagem fazendo com as mãos o número do seu partido, o 12.

Perguntado se apoiaria algum candidato no 2° turno, disse que não era o momento de falar sobre o assunto com a votação em andamento.

Sem a presença dos irmãos, o senador Cid Gomes (PDT) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), ativamente em sua campanha e na de Roberto Cláudio ao governo, Ciro disse que rompimento com os irmãos será uma ferida que não será curada até o fim de sua vida.

A candidatura atual é a primeira em que não consegue reunir alianças em seu nome. Em 1998, quando concorreu ao Planalto pela primeira vez, lançou-se pelo PPS (atual Cidadania) com o apoio de PL e PAN. Em 2002, ainda no PPS, reuniu PDT e PTB. Em 2018, já no PDT, teve o Avante em sua base.

Até mesmo Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas e defensor de Ciro na candidatura de 2018, afirmou votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno para, segundo ele, encerrar de uma vez o governo Bolsonaro.

A campanha de Lula, vendo oportunidade de vencer no primeiro turno, também focou os votos úteis que viriam do pedetista, conseguindo também o apoio de Caetano Veloso, que declarou voto no petista no pleito deste ano, mesmo adorando Ciro.


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