O debate dos candidatos à Presidência da República que será realizado neste sábado (24), às 18h15, em um pool liderado por SBT e CNN Brasil com a participação de outros veículos de comunicação, terá a presença de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d’Avila (Novo), Padre Kelmon Luís (PTB) e Jair Bolsonaro (PL).
Já Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve comparecer em uma estratégia para se preparar para o debate da TV Globo, na próxima quinta-feira (29). A agenda oficial de campanha do petista, divulgada na tarde de quinta-feira (22), não prevê a ida ao evento do SBT/CNN.
De acordo com os veículos que organizam o encontro, os sete candidatos foram convidados em comum acordo com os partidos, seguindo o critério de participação partidária no Congresso – pelo menos cinco deputados federais.
O debate realizado pelas duas emissoras de televisão em parceria com o jornal Estadão, as rádios Eldorado e Nova Brasil FM, a revista Veja e o portal Terra, terá aproximadamente duas horas de duração, com quatro blocos. A mediação será do jornalista Carlos Nascimento, do SBT.
Segundo a organização, dois blocos serão de perguntas e respostas diretas entre os candidatos, e os outros dois com questões elaboradas pelos jornalistas dos veículos que participam da organização. Assim como o debate da Band, no final de agosto, este do SBT com a CNN Brasil também não terá plateia. Apenas quatro assessores de cada candidato poderão entrar no estúdio.
Como será a dinâmica do debate do SBT/CNN
Uma reunião realizada no começo desta semana entre representantes dos veículos e das campanhas definiu a ordem em que os candidatos vão se posicionar no estúdio do debate:
Felipe d’Avila;
Soraya Thronicke;
Lula (caso compareça);
Simone Tebet;
Jair Bolsonaro;
Ciro Gomes;
Padre Kelmon.
A reunião também sorteou a ordem dos candidatos que farão as perguntas, com Simone Tebet iniciando o debate ao escolher quem vai responder ao seu questionamento. O segundo a perguntar será Bolsonaro, seguido por Lula, Ciro, Soraya, Padre Kelmon e Felipe d’Avila.
No segundo e quarto blocos, jornalistas do pool de veículos vão escolher um candidato para responder suas perguntas e outro para comentar. Já no terceiro, a dinâmica será como no primeiro bloco, na seguinte ordem: Felipe d’Avila, Padre Kelmon, Soraya Thronicke, Ciro Gomes, Lula, Bolsonaro e Tebet.
Segundo o Estadão, o candidato que não comparecer terá o púlpito mantido no estúdio. O jornal afirmou, nesta quinta, que os organizadores foram procurados pela campanha de Bolsonaro para questionar se ele poderá “se dirigir ao púlpito vazio reservado” ao petista, caso Lula falte mesmo ao debate.
“Última oportunidade”
Carlos Nascimento, jornalista que vai mediar o debate, afirmou que o encontro é “a última oportunidade” para os eleitores definirem e consolidarem o seu voto, já que o da Globo será apenas a confirmação da escolha.
“É um debate a meio caminho, ou seja, ainda há tempo de se decidir voto. De se superar algumas diferenças de pessoas que estão em dúvida e, neste momento até sábado, é tempo para isso. Acho eu que, o candidato comparecendo, tem muito a perder ou a ganhar, mas não vejo vantagem nenhuma em não comparecer”, disse em entrevista à CNN Brasil nesta semana.
Para o mediador, é neste debate que os candidatos devem confrontar as suas ideias para efetivamente conquistar os votos dos eleitores. “O último debate, normalmente, o candidato usa para fazer um comício, não para debater. Ele chega já com o programa de governo elaborado e usa o tempo a sua disposição para discursar, por estar já pertinho da hora da eleição”, afirmou.
A opinião é semelhante à de Simone Tebet, que questiona o fato de Lula faltar ao encontro. Para ela, “se um candidato não tem coragem de ir a um debate, que coragem terá para resolver problemas tão sérios do Brasil, como fome, miséria, desigualdades, desemprego e falta de políticas públicas de inclusão”, disparou.
“É importante o comparecimento de todos os candidatos, uma vez que é uma oportunidade para o eleitor conhecer e analisar as propostas e, principalmente, para cobrar daqueles que já exerceram o cargo de presidente, ou que estão exercendo. É preciso que estes prestem contas dos seus mandatos: por que, afinal, não fizeram o que precisava?! E por que, agora, dizem que vão fazer”, opina Soraya.
Analistas do canal consideram que o debate também fará com que aqueles eleitores “nem nem”, ou seja, que não querem votar em nenhum dos dois principais candidatos da polarização, decidam seu voto para definir se a eleição termina no primeiro turno ou segue para o segundo.
O debate será transmitido ao vivo no SBT e na CNN Brasil, na rádio Eldorado, e nas plataformas digitais dos demais veículos participantes.