Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) veem a sabatina do Jornal Nacional no próximo dia 22 como o primeiro teste crucial da campanha à reeleição. Pela relevância do programa e pelo potencial de audiência, seus auxiliares apostam na presença do presidente como um marco para alavancar seu crescimento nas pesquisas. Há expectativa, inclusive, de alcançar a maior audiência da história do JN.
Bolsonaro foi orientado, mais uma vez, a manter o discurso na cartilha defendida por seus conselheiros mais pragmáticos: melhora na economia, o Auxílio Brasil de R$ 600 e acenos ao eleitorado jovem e às mulheres, nos quais sua rejeição é maior.
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Se houver espaço, ele também pretende se comparar com os governos petistas e insistir na pauta de costumes, para fidelizar o eleitorado conservador. Com dificuldade em reduzir a rejeição do chefe do Executivo, a campanha vai intensificar os esforços para aumentar a do concorrente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando-o a casos de corrupção e a religiões de matriz africana.
O presidente, no entanto, não aceitou participar de um treinamento de mídia porque, segundo um ministro palaciano, não aceita ser moldado. Ele vai seguindo o seu “feeling”.
Por isso, há uma certa preocupação com eventuais surpresas, como em 2018, quando Bolsonaro começou a falar sobre um suposto “kit gay” distribuído em escolas públicas. A informação era falsa.
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Também há preocupação com o risco de ele se irritar e ser grosseiro com a apresentadora Renata Vasconcellos. Em uma luta para ampliar a aceitação pelas mulheres, Bolsonaro não pode se dar ao luxo de deslizar neste momento, avaliam aliados.
Bolsonaro foi o sorteado para abrir a série de entrevistas do JN com os presidenciáveis, que começa na próxima segunda-feira (22). Na sequência estão previstos Ciro Gomes (PDT), no dia 23, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 25, e Simone Tebet (MDB), no dia 26.
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