O presidente Jair Bolsonaro (PL) tratou com grosseria um assessor, nesta quinta-feira (18), durante a live que costuma transmitir semanalmente nas redes sociais. Isso ocorreu no mesmo dia em que o mandatário tentou arrancar o celular da mão de um youtuber e, mais tarde, gritou com a própria equipe em meio a uma entrevista à imprensa.
À noite, na transmissão online, o chefe do Executivo rebateu um assessor que o havia corrigido: “Fica na tua aí”. Pouco depois, Bolsonaro foi corrigido novamente e, mais uma vez, respondeu de forma irritada. “Eu perguntei alguma coisa para vocês? Eu perguntei alguma coisa?”, disse.
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A cena ocorreu enquanto lia um decreto publicado no Diário Oficial da União desta semana que reduziu os preços de produtos usados por pessoas que costumam fazer musculação.
No caso, o presidente afirmou que baixou de 11% para 0% o imposto sobre o suplemento proteico conhecido como whey protein, e o assessor disse que, na verdade, a alíquota não havia sido zerada, mas reduzida para 4%.
Bolsonaro discordou, disse que caiu, sim, para 0% e mandou o assessor “ficar na tua aí”.
Isso ocorreu horas depois de o presidente protagonizar uma confusão com o youtuber Wilker Leão, na saída do Palácio da Alvorada. Após ter sido chamado de “tchutchuca do centrão”, “safado” e “covarde”, o presidente foi até o youtuber, segurou sua camiseta, tentou tirar o celular da mão dele e tentou impedi-lo de seguir a filmagem.
À tarde, enquanto concedia à imprensa em um evento em São José dos Campos (SP), o presidente demonstrou irritação mais uma vez e gritou com a própria equipe.
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O episódio ocorreu depois de o mandatário ser questionado por jornalistas sobre a reportagem, publicada pelo portal Metrópoles, de que empresários bolsonaristas falam em golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença a eleição presidencial.
Enquanto discutia com os jornalistas, Bolsonaro se incomodou com alguém de sua própria equipe e gritou: “Ninguém bota a mão em mim! Ninguém bota a mão em mim!”, repetiu.
Na live desta quinta, Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para pedir voto a seus aliados nos estados.
O presidente pediu aos simpatizantes que apoiem ex-ministros de seu governo, como João Roma (PL), que comandou o Ministério da Cidadania e disputa o governo da Bahia, e Rogério Marinho (PL), que foi ministro do Desenvolvimento Regional e tenta ser senador pelo Rio Grande do Norte.
Além disso, voltou a criticar o ex-presidente Lula, seu principal adversário nas eleições deste ano, e chamou o petista de “picareta”. Ele afirmou que Lula assinou a carta pela democracia e que, mesmo assim, “tem gente que ainda acredita nesse manifesto”.
O presidente exaltou a redução no preço dos combustíveis e disse que espera que os valores caiam ainda mais. “Foi reduzido e já estamos com uma das gasolinas mais baratas do mundo. Espero que continuem caindo [os preços]”, afirmou.
Ele reconheceu que “teve inflação” durante sua gestão, mas culpou o avanço da Covid-19 pela alta dos preços. “Quem critica a inflação no meu governo, que teve, tem que falar da pandemia”, afirmou.
Bolsonaro disse que nunca desrespeitou as instituições ou insinuou uma ruptura na democracia do país. “Aqui falam que quero dar golpe, que quero conduzir o Brasil não sei para onde. Mentira em cima de mentira”, disse.
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