Curitiba é uma das três cidades brasileiras em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) testa neste domingo (15) de eleição municipal uma tecnologia que no futuro vai permitir que a população vote pelo celular, computador ou tablet sem ter que ir a uma zona eleitoral.

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O sistema pôde ser testado até as 15h por eleitores na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no bairro Prado Velho, um dos maiores colégios eleitorais da capital. Além de Curitiba, o TSE testa o sistema também nas cidades de Valparaíso (GO) – próximo a Brasília – e São Paulo. O teste foi feito por uma eleição fictícia, sem candidatos reais.

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O analista de sistemas Eder Hamasaki é um dos eleitores curitibanos que testou e aprovou a comodidade de poder votar de onde estiver, sem precisar se deslocar “Nunca tinha visto algo assim. Lógico que ainda está em fase de desenvolvimento e algumas soluções estão superficiais, mas é um atrativo. Estamos em um mundo que já devia ter esse modo de votação”, afirmou.

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Sobre a segurança do sistema, que será apresentada pelas empresas de tecnologia que aceitaram participar da testagem, Hamasaki se sente seguro. “ Apesar de precisarem desenvolver algumas questões, me sinto seguro sim. Acho que isso é uma questão cultural também porque pode ser um complemento”, contou o analista.

Ao todo, 31 empresas apresentaram propostas ao TSE, entre elas Claro, Fidelity Mobile, Indra Company, Servix Informática, VSoft, Nova Opção Representação, Exsis, Perseu Software, Instituto Nacional de Excelência em Políticas Públicas (INEPP) e Lever Tech.

Implantação

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Neste domingo, presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, acompanhou os testes da tecnologia na cidade de Valparaíso (GO). “Após os testes, vamos nos reunir eu e os ministros Edson Fachin e Alexandre Moraes, responsáveis pelas eleições de 2022, para discutir a possibilidade de implantação deste sistema”, afirmou o presidente do TSE.

A juíza Simone Trento, auxiliar da presidência do TSE, acompanhou os testes em Curitiba e enfatizou que a troca das urnas eletrônicas por este sistema deve ser gradual. “Isso será aos poucos, gradualmente. Ainda será oferecido o sistema usado hoje pelos eleitores. Além disso, seria implantado somente para parte do eleitorado, em alguns municípios”, diz. “As exigências do TSE para essas empresas é que elas apresentem segurança, sigilo de voto e eficiência. Não existe nenhum compromisso de aquisições, elas estão sendo analisadas”, completa a juíza auxiliar da presidência do TSE.

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Perguntada se essa inovação foi testada por causa do momento atual, a juíza garante que isso já era discutido antes mesmo da pandemia do novo coronavírus. “Tínhamos a constatação de que a urna que usamos hoje é muito cara. Além disso, o fato das pessoas precisarem irem até o local de votação pode dificultar a participação democrática”, finaliza